Foram quase 8 anos defendendo a seleção brasileira. Foi chamado pela primeira vez em 1992 e a última apresentação ocorreu em 99, quando já atuava pelo Santos.
Nesse período, conviveu com Taffarel, Ronaldo, Gilmar, Dida e até Marcos. Hoje abraçando a profissão de técnico, Zetti diz que a sensação de defender a seleção, e numa Copa do Mundo, é indescritível.
Paraná-Online: Como é estar num Mundial?
Zetti: É muito bom. Você estar dentro do estádio e saber que o mundo inteiro está te vendo – não o Zetti, mas a seleção – é um negócio louco. A emoção é enorme. O Brasil é muito grande, com muitos goleiros de alto nível. Estava ali, na reserva do Taffarel, praticamente o segundo melhor do mundo (ou do Brasil), naquele momento. É difícil traduzir todo esse sentimento em palavras.
Paraná-Online: O título veio nos pênaltis. Você teve que contato com o Taffarel, naquele momento?
Zetti: O Taffarel é um dos grandes amigos que fiz no futebol. Sempre fui fã dele. A torcida por ele, naquele momento, era muito grande. Era ele, a bola e o atacante. Mas, o Taffarel é muito frio, nunca se apavorou e sabia como ninguém fazer a leitura do adversário. Foi feliz em duas cobranças e outra foi pra fora. A reação foi de correr pra comemorar com ele. Não fui o primeiro, mas acho que estava entre os quatro, cinco a abraçar o Taffarel. Foi fantástico.
Paraná-Online: E a Copa do Mundo no Brasil?
Zetti: Acho que demorou. Pelos títulos que temos, poderia ter sido antes. Mas, no entanto, estamos mais organizados. Federações, CBF, clubes e as próprias cidades. Haverá dificuldades, como sempre ocorreu, inclusive na Alemanha. Vamos nos adaptar às mudanças que ocorrerão até a Copa e todos nós, não apenas aqueles envolvidos com o futebol, irão ganhar com isso.