A vitória de virada por 3 a 2 sobre o Japão, que garantiu a vaga na decisão do Campeonato Mundial Feminino de Vôlei, trouxe alívio às jogadoras e a comissão técnica. Mas todos sabem que o time não pode repetir os erros deste sábado se quiser superar a Rússia na final, marcada para a manhã deste domingo, às 7 horas, no horário de Brasília.
O time brasileiro teve atuação irreconhecível nos dois primeiros sets, com vários erros de contra-ataques e sem conseguir sincronizar bloqueio e defesa. Só a partir da terceira parcial a equipe subiu de produção, mas sua melhor condição técnica só apareceu mesmo no tie-break.
“A gente não fica feliz com o jogo de hoje (sábado). Foi um jogo com cinco sets e um desgaste muito grande. Mas menos mal que conseguimos passar para essa final tão sonhada”, reconheceu o técnico José Roberto Guimarães, em entrevista ao Sportv.
“Nosso time demorou muito para começar a tocar na bola nas defesas e nos bloqueios. Nós já sabíamos que elas (as japonesas) iam usar as mãos de fora nas bolas altas (para explorar os bloqueios). Felizmente no tie-break a gente conseguiu achar”, continuou o comandante.
Emocionadas, as jogadoras preferiram valorizar a superação para virar uma desvantagem de 2 sets a 0 para as donas da casa. “Fomos buscar um jogo muito complicado, mas demonstramos hoje o espírito brasileiro, que é de não desistir, lutar por todos os pontos”, comentou a líbero Fabi.
“Foi uma superação total. Entramos devagar, esperando o que ia acontecer. Mas no terceiro set nosso jogo encaixou e começamos a jogar com agressividade”, concordou Sheilla, segunda maior pontuadora da partida, com 25 pontos, quatro a menos que a japonesa Ebata.