Mesmo com muitos altos e baixos, a decisão do técnico José Roberto Guimarães de iniciar o novo ciclo olímpico com uma renovação do grupo da seleção brasileira feminina de vôlei deu certo. Afinal, neste domingo, a equipe assegurou o seu 12º título do Grand Prix coma vitória por 3 sets a 2 na decisão sobre a Itália, em Nanquim, palco da fase final.

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A conquista, porém, não veio sem tropeços e dificuldades. Na primeira fase, por exemplo, o Brasil precisou vencer os três jogos que disputou em Cuiabá, na última semana, para avançar. Depois, já em Nanquim, só se classificou às semifinais por causa de uma sofrida vitória da China por 3 sets a 2 sobre a Holanda. Para Zé Roberto, a oscilação e os problemas fazem parte do processo de amadurecimento e formação da equipe.

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“Começar com vitória é sempre muito bom, mas estávamos preparados para tudo. Sabíamos da dificuldade que íamos enfrentar. Jogamos com um time jovem e com poucas jogadoras que tinham sido efetivamente titulares em competições como o Grand Prix. Temos um time em formação que teve pouco tempo de treinamento. Tudo isso foi difícil e nos ajustamos durante o Grand Prix. Ainda temos muito o que melhorar e precisamos treinar bastante. Fechamos muito bem, saímos de situações complicadas e ficamos com o título do Grand Prix”, analisou Zé Roberto, que ainda reservou elogios ao trabalho do seu assistente técnico, Paulo Coco.

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“O trabalho de toda a comissão técnica e das jogadoras foi espetacular. A luta, a dedicação, o tempo que eles se dedicaram para enfrentar as dificuldades foi incrível. Tenho que agradecer todos, mas preciso fazer um agradecimento especial ao Paulo Coco. Ele foi de uma lucidez, colaboração e leitura incríveis. O que ele passou para mim e as jogadoras no dia a dia foi sensacional”, ressaltou.

Na avaliação de Tandara, a final definida no tie-break foi o resumo perfeito da campanha do Brasil nesta edição do Grand Prix. “Enfrentamos muita dificuldade durante toda a competição e nunca deixamos de acreditar. Os percalços que passamos nos deram mais força e hoje somos um grupo mais forte e unido. Hoje tivemos altos e baixos, mas a união prevaleceu e, principalmente, no tie-break entramos em quadra muito determinadas. O grupo está de parabéns por toda a competição”, disse.

A central Bia, eleita a melhor jogadora da sua posição no Grand Prix, apontou que as adversidades serviram para unir o grupo da seleção brasileira durante a vitoriosa campanha. “A palavra que define a nossa campanha é felicidade. Mesmo nos momentos difíceis nunca perdemos a alegria e a união. Tivemos que vencer os nossos três jogos em casa para nos classificarmos para a fase final e na etapa decisiva revertemos um resultado adverso na estreia para a China. Agora é virar a página e pensar no Sul-Americano que é classificatório para o Mundial”, afirmou.

A seleção brasileira terá pouco tempo para comemorar o título, pois ainda neste mês, a partir do dia 15, participará do Campeonato Sul-Americano, que vai ser realizado na Colômbia.