Em sua estreia oficial no comando da seleção brasileira feminina de basquete, o técnico Luiz Augusto Zanon já pôde comemorar seu primeiro título. Confirmando o favoritismo, o Brasil foi campeão invicto da 33ª edição do Campeonato Sul-Americano, disputada em Mendoza, na Argentina. Na final, encerrada já na madrugada desta segunda-feira, a vitória foi sobre as anfitriãs argentinas, por 67 a 58.
Na campanha do título, o Brasil ganhou de Chile, Colômbia e Peru, todos na primeira fase, da Venezuela, na semifinal, e da Argentina, já na decisão. Além de ser campeã sul-americana pela 24ª vez, sendo a 14ª consecutiva, a seleção brasileira ainda garantiu uma das quatro vagas na Copa América, marcada para setembro, no México, que vai classificar três para o Mundial da Turquia, em 2014.
Para Zanon, que assumiu o cargo no final de março e tinha disputado apenas alguns amistosos até agora, o saldo foi bastante positivo. Com um grupo bem renovado, com média de idade de apenas 22,9 anos, e sem as duas principais estrelas do basquete brasileiro na atualidade, Érika e Iziane – ambas jogando na WNBA nos Estados Unidos -, ele conseguiu manter a hegemonia do Brasil no basquete sul-americano.
“É uma satisfação enorme, primeiro pelo desafio, depois pelo prazer de representar o orgulho do País, dentro uma situação tão adversa como esta. Não foi fácil vencer a Argentina dentro de casa. Estou muito satisfeito, contente e esperançoso em continuar e poder contribuir muito com o basquete feminino”, disse Zanon, após a conquista do título com a vitória sobre as anfitriãs na final.
Como esperado, o destaque brasileiro foi a pivô Damiris, maior estrela da nova geração. Com apenas 20 anos, ela foi eleita a melhor jogadora do Sul-Americano. “Estou muito feliz. Essa conquista é resultado de muito trabalho e a ajuda de toda a comissão técnica. Esse ano o Zanon me ajudou muito, pois ele é um técnico que me dá muita atenção e me valoriza bastante”, comemorou a atleta.
Na final, Damiris terminou com 18 pontos e 11 rebotes. Mas não foi o único destaque brasileiro em quadra: a armadora Tainá foi a cestinha, com 19 pontos. “A final foi um jogo bem difícil, contra uma equipe que sempre faz bons jogos. Tivemos alguns momentos ruins dentro da partida, mas revertemos e, com muito equilíbrio emocional, permanecemos no jogo e, na hora certa, conseguimos abrir a vantagem. Apresentamos uma postura defensiva muito forte e neutralizamos o ponto forte da Argentina. Com o somatório disso, construímos a vitória, que era tão almejada por esse grupo tão jovem”, avaliou Zanon.