Arena da Baixada

Zagueiro volta a brilhar com a chegada de veterano no Atlético

A Série B de 2012 deixou de legado ao Atlético muitas lições, vários cabelos brancos e algumas promessas. Uma das principais foi o zagueiro Cleberson. O jovem jogador, então com 19 anos, fez um campeonato de alto nível. Aproveitou que tinha um inspiradíssimo Manoel ao seu lado, absorveu os conselhos de Ricardo Drubscky e deixou a impressão de que poderia render muito, taticamente e financeiramente, ao Furacão. Mas contusões e atuações irregulares no ano seguinte apagaram a ótima impressão deixada no torcedor e tornaram-no quase um vilão.

Acreditando no potencial do jogador, o Atlético insistiu em Cleberson e colocou-o sempre à disposição dos treinadores que assumiriam o clube em 2013 e 2014. Enquanto alternava jogos com o banco de reservas, o zagueiro trabalhou em busca do seu espaço. Com Claudinei Oliveira a hora de Cleberson voltou. Embora ainda não receba os elogios daquele 2012, o jogador cresceu muito de produção.

O apoio de Gustavo, que cumpriu uma função de tutor, semelhante a que Manoel cumpria e os novos conceitos do técnico Claudinei Oliveira foram fundamentais para a virada do jogador.

Cleberson credita a volta por cima justamente ao trabalho que ele mesmo desenvolve. “Trabalho né cara? Estava sendo cobrado no começo. Não só eu, mas a defesa toda. Trabalhei forte e consegui dar a volta pro cima. É só trabalho”, disse à Tribuna 98.

A cobrança feita por todos contribuiu para o desenvolvimento do jogador. “Torcedor está certo. O resultado não vem, tem que pegar no pé de alguém. Continuei trabalhando firme e sabia que estava sendo pressionado. Mantive a tranquilidade. Hoje as coisas estão acontecendo naturalmente e é questão de trabalhar que as coisas dão certo”. Em uma entrevista de 1 minuto e 20, Cleberson citou a palavra “trabalho” em 11 oportunidades. Ou seja, “trabalho” realmente não faltou.

A chegada do zagueiro Gustavo no meio do campeonato ajudou muito no desenvolvimento de Cleberson. O jogador dá crédito ao companheiro de equipe, mas põe um trocado na conta da sorte. “O Gustavo é experiente e tranquilo. A gente conversa bastante”, disse. “Mas não só por ele chegar que comecei a melhorar, a jogar bem. A nossa defesa estava trabalhando bem, mas a bola da gente não estava entrando. Era nisso que a gente era mais cobrado. Estávamos tomando gols, mas não estávamos fazendo. Só que as coisas encaixaram, eu e o Gustavo encaixamos e a bola começou a entrar. A cobrança acaba saindo de você”.

A reconstrução promovida pelo técnico Claudinei Oliveira no jeito do Atlético defender contribuiu muito para que Cleberson também melhorasse seu futebol.

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