A vitória do Corinthians-PR por 1 a 0 sobre o Arapongas foi definida aos 43 minutos do segundo tempo. Em uma bola que desviou na mão do zagueiro Gustavo, do clube do interior, dentro da área e o árbitro Héber Roberto Lopes assinalou pênalti para o time da capital. O defensor do Arapongão reclamou com a arbitragem. Mas, não teve jeito, Rodrigo Hote bateu e garantiu os três pontos ao Timãozinho.
Entretanto, uma acusação mais grave marcou o duelo para Gustavo. O defensor acusa o zagueiro Tiago Alencar, do Timãozinho, de racismo, após os dois se estranharem em uma disputa na metade do segundo tempo. De acordo com o atleta do Arapongas, Alencar o chamou de “macaco do c….”.
Gustavo relatou o fato para o árbitro da partida, que, segundo ele, pediu para o mesmo tomar as providências após o jogo. “O clube nos orientou a registrar um Boletim de Ocorrência em Curitiba e estamos aguardando essa indicação”, disse o jogador do Arapongas.
A reportagem do Paraná Online entrou em contato com o zagueiro Tiago Alencar, que desconhece a acusação e diz que pra ele é novidade. “Nunca falaria isso para ele. Meus melhores amigos são negros e também fui criado por uma pessoa de cor juntamente com minha mãe. O que houve foi uma discussão de jogo. Agora se ele (Gustavo) fizer Boletim de Ocorrência ou algo assim terá que provar a acusação. Meus advogados e o departamento jurídico do clube tomarão as devidas providências”, salientou Tiago.
De acordo com o Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná, o caso só seria julgado se o árbitro da partida relatasse a ocorrência na súmula ou a Federação Paranaense de Futebol criasse um ato para analisar a denúncia. No entanto, a súmula do jogo deverá ser entregue em três dias úteis.
Racismo no futebol paranaense
O caso mais recente sobre racismo no futebol também envolveu o futebol paranaense. Em abril do ano passado, o zagueiro Manoel, do Atlético, acusou Danilo, do Palmeiras, por ter lhe ofendido. Na ocasião, o jogador do Porco foi suspenso por 11 jogos.
