O jovem zagueiro Mustafi, da Sampdoria, da Itália, estava em fase final de preparação para seu período de férias em Ibiza, badalado balneário espanhol, quando recebeu um telefonema de Joachim Löw. Ele quase caiu de costas ao ser informado pelo treinador da seleção alemã de que estava convocado para a Copa do Mundo. Löw o escolheu para substituir o meia Marco Reus, cortado por causa de uma lesão sofrida no último amistoso antes do Mundial.
Mustafi tem 22 anos e pouquíssima experiência na seleção principal da Alemanha, embora tenha passado com sucesso por todas as seleções de base do país. Faltou pouco, no entanto, para ele desistir de jogar pela Alemanha. Descendente de albaneses, o zagueiro teve sua convocação cogitada para a seleção da Albânia no começo deste ano, mas Löw foi mais rápido e “fisgou” o jogador, que agora comemora o acerto da decisão de defender o país em que nasceu.
“É fantástico para um jogador jovem poder fazer parte de um campeonato tão importante quanto a Copa do Mundo”, disse Mustafi. “Tudo aconteceu tão rápido que eu nem tive muito tempo para pensar nisso. Tive de abrir mão da viagem de férias, mas eu ainda terei muito tempo para viajar.”
A trajetória profissional de Mustafi não começou na Alemanha, mas na Inglaterra. Foi no Everton que ele se profissionalizou, embora tenha tido poucas oportunidades no clube de Liverpool. De lá, ele foi para a Sampdoria, mudança que funcionou perfeitamente para o jogador. “Foi muito bom ter ido para a Itália, onde os times dão muita atenção à defesa”, comentou o zagueiro. “É sem dúvida um futebol muito tático, bastante defensivo, o que é bom para o desenvolvimento de um zagueiro.”
Na Copa do Mundo, dificilmente Mustafi sairá do banco de reservas em alguma partida. Mas ele não parece muito preocupado com isso, pois espera utilizar o torneio para ganhar experiência. “Não fico pensando em ser titular, até para não me decepcionar. Prefiro ter ambições mais modestas e ir ganhando espaço aos poucos.”