Quatro vezes campeão mundial pela seleção brasileira – duas como jogador, uma como técnico e outra como coordenador técnico -, Mário Jorge Lobo Zagallo foi homenageado nesta terça-feira. Às vésperas de completar 82 anos de vida, o ex-jogador e treinador ganhou uma estátua em que aparece com o uniforme da seleção e que foi colocada no setor oeste do Engenhão, ao lado das esculturas de Nilton Santos, Jairzinho e Garrincha.
O tributo foi organizado pela CBF e pelo Botafogo, clube pelo qual se destacou como jogador entre o fim da década de 50 e o meio da de 60. Cerca de cem pessoas compareceram à homenagem, incluindo o presidente da CBF, José Maria Marin, e do Botafogo, Maurício Assumpção, além do artista plástico Edgar Duvivier, autor da obra, e do coordenador técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira, com quem Zagallo trabalhou em duas Copas do Mundo (nas conquistas de 1970 e 1994).
“Sabia que essa homenagem aconteceria. Só pedi a Deus para que estivesse vivo quando acontecesse. Minha esposa faleceu com 81 anos e não teve a oportunidade de ver”, disse Zagallo, emocionado. Ele lembrou ainda que já possui outras três homenagens parecidas – um busto em Maceió, um em Duque de Caxias e um no estádio do Maracanã.
Marin fez questão de exaltar Zagallo ao comentar sobre a homenagem. “Essa homenagem é um ato de justiça a um grande jogador, mas também a alguém que é um exemplo de ser humano para várias gerações. Uma pessoa da qual nós, brasileiros, temos motivos de sobras para nos orgulhar.”
Além do Botafogo, Zagallo vestiu as camisas de América-RJ e Flamengo como jogador. Na seleção brasileira, foi titular nas conquistas das Copas do Mundo de 1958 e 1962. Já como técnico, comandou o inesquecível time de 1970 no tri. Em 1994, esteve nos Estados Unidos como coordenador técnico de Carlos Alberto Parreira no tetracampeonato.