David Neres tem dois jogos com a camisa do São Paulo, sendo apenas um como titular, um gol e já conseguiu conquistar a torcida, principalmente porque entrou no time em um momento de virada no Campeonato Brasileiro, o ajudando a conquistar duas vitórias seguidas. Virou um xodó rapidamente e agora espera retribuir o carinho nas partidas. “Só tenho de agradecer a torcida e mostrar dentro de campo”, disse.

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Avesso às entrevistas, o jogador não teve como fugir das câmeras após marcar o segundo gol na vitória sobre a Ponte Preta. “Não gosto de dar entrevista, prefiro só jogar”, avisou. “Muita gente falou que eu faria o gol, mas não acreditava muito nisso. Sei que é difícil fazer o primeiro jogo como titular e já fazer gol, mas estava lá na hora certa”, continuou.

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Aos 19 anos, ele passou quase metade de sua vida no São Paulo. Chegou ao clube com 10 anos e sempre foi tido como um atleta de futuro promissor. “Desde pequeno sempre joguei no time do meu bairro, depois em escolinha do São Paulo, clube onde fiquei praticamente minha vida inteira”, contou.

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Morador do bairro de Perus, no extremo norte de São Paulo, David Neres foi artilheiro e campeão diversas vezes nas categorias de base do clube. Mas contra a Ponte Preta viveu uma emoção diferente, pois atuou no Morumbi, onda já jogou dezenas de vezes, mas pela primeira vez diante de quase 50 mil pessoas.

“É uma emoção muito grande. O estádio estava lotado, conquistamos uma grande vitória e fico feliz por poder ajudar o São Paulo”, afirma o rapaz, que não ouviu a torcida festejar seu nome quando o sistema de som do Morumbi anunciou sua escalação, mas acompanhou a movimentação nas redes sociais após sua estreia contra o Fluminense. “Fiquei muito feliz, mas tenho de mostrar dentro de campo e corresponder o carinho lá dentro.”

De folga com o restante do elenco, David Neres prometeu ficar ao lado da família em casa para descansar. “Vai continuar tudo normal, como se eu fosse o mesmo. Vou continuar sendo o mesmo, sempre vou ser. É igual antes”, explicou, sem se deslumbrar com o sucesso repentino. “Meu pai gostava que eu jogava bola, minha mãe não curtia muito não, queria mais é que eu estudasse”, relembrou.

Contra o América-MG, na próxima segunda-feira, em Minas, ele espera que a equipe conquiste a terceira vitória seguida para se afastar de vez da zona de rebaixamento. E a partir daí, traçar sua história no tricolor. “Sonho em crescer com o São Paulo, ajudar o time e disputar títulos”, concluiu.