O técnico Marc Wilmots assegura que nenhum atleta da Bélgica é titular absoluto. O país volta a disputar uma Copa do Mundo depois de 12 anos ausente do torneio, agora com uma geração de jogadores que atua com destaque em campeonatos importantes na Europa, mas o treinador não pretende escalar ninguém pelo nome.
“Procuro dar a mesma atenção aos que não jogam, porque quem está na reserva deve ter a mesma vontade de quem está em campo. Tomarei minhas decisões em função do desempenho de cada um nos treinos. Quem não se adapta às regras, é afastado”, disse Wilmots ao site oficial da Fifa, em entrevista publicada nesta segunda-feira.
O técnico, atacante da seleção belga em quatro Copas entre 1990 e 2002, expõe um dado para justificar sua forma de pensar. “A metade dos gols que resultaram em vitórias nossas durante as Eliminatórias foi feito por jogadores que saíram do banco”, lembrou o treinador, que marcou quatro vezes em Mundiais, uma delas a última de seu país na competição, na vitória por 3 a 2 sobre a Rússia na terceira rodada da fase de grupos em 2002.
O rigor de Wilmots se aplica também ao meia Eden Hazard, jogador do Chelsea e estrela de sua seleção. Ele foi criticado pela imprensa belga na vitória por 1 a 0 no amistoso contra a Tunísia, no dia 7, o último da Bélgica antes da Copa. “Eu não me preocupo se um jogador não está tão bem, porque tenho 23 e nenhum deles tem garantia de que vai jogar”, disse o técnico ao ser perguntado sobre o atleta.
A Bélgica irá estrear no Mundial nesta terça-feira, contra a Argélia, às 13 horas, no Mineirão, em Belo Horizonte, no confronto que abrirá o Grupo H, que também conta com Rússia e Coreia do Sul.