A Williams não vê a hora de 2018 acabar. A tradicional e vitoriosa escuderia inglesa se encaminha para fechar a sua pior temporada da história na Fórmula 1. A equipe detentora de sete títulos mundiais de pilotos e de outras nove entre os construtores é atualmente a lanterna da categoria, com um campeonato pífio e marcado pela debandada de dirigentes.
No GP do Brasil, em Interlagos, a história não foi diferente. Entre os 18 pilotos a terem completado a prova, a Williams teve o russo Sergey Sirotkin em 16º e o canadense Lance Stroll em 18º. No ano até agora o melhor resultado foi um oitavo lugar obtido por Stroll no GP do Azerbaijão. A pontuação no Mundial de Construtores é de apenas sete, ante 33 da nona e penúltima colocada Toro Rosso.
A escuderia que teve Nelson Piquet, Ayrton Senna, Rubens Barrichello, Bruno Senna e Felipe Massa deve sofrer também no próximo ano. A última posição no Mundial deixará a Williams com uma premiação pequena e, portanto, um orçamento diminuto para recomeçar o trabalho. Para piorar, Stroll, que é filho de um magnata canadense, deve correr pela Force India e deixar a escuderia ainda mais sem dinheiro.
Quem também está de saída é o engenheiro chefe Rob Smedley. Contratado em 2014 depois de trabalhar pela Ferrari, ele deixará a equipe para se dedicar à vida familiar. “A Williams precisa de um plano de recuperação para contemplar todas as áreas de negócio. É preciso trabalhar na parte técnica, mas também na parte estrutural de negócios. Algumas áreas precisam de modernização”, disse Smedley.
Antes dele, haviam deixado o time inglês outros dois profissionais da área técnica. O projetista-chefe Ed Wood saiu por motivos pessoais em maio, juntamente com o chefe de aerodinâmica, Dirk de Beer. Para a próxima temporada, a Williams deve trazer como piloto o experiente polonês Robert Kubica, de 33 anos. Ausente da categoria desde 2010, ele deve ser o companheiro do inglês George Russell.