Sem querer, o volante Wesley se viu no meio de uma grande polêmica no Palmeiras, com brigas judiciais e possibilidade de deixar o clube de graça. Entretanto, o jogador garante que, se depender de sua vontade, ele fica. Avisou, inclusive, só quer pensar em continuar evoluindo na equipe.
“Estou feliz aqui e reencontrei meu futebol. Recebi muitas críticas quando cheguei e sofri a lesão, mas a cada dia que passa estou crescendo. Estou feliz e minha família está adaptada”, avisou o volante, um dos destaques do Palmeiras no título da Série B e na atual temporada.
A empresa Angeloni & Cia foi a fiadora do Palmeiras na contratação do volante e deu uma carta de crédito ao clube para fechar com o jogador em junho de 2012 no valor de R$ 15 milhões, que seriam pagos ao Werder Bremen em três parcelas anuais de R$ 5 milhões. O clube não pagou a dívida, a empresa teve que arcar com os custos e, por isso, resolveu acionar o Palmeiras na Justiça.
“Não sei de nada. Tenho que jogar bola para falar a verdade e não estou acompanhando nada do que está acontecendo. Tomara que se resolva, porque já considero o Palmeiras a minha casa. Não chegou nada diferente para mim. O que me deixa animado é que a equipe está crescendo e posso fazer parte dessa história maravilhosa”, disse o volante, que tem contrato até fevereiro do ano que vem.
Sobre a briga na Justiça, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, admitiu a dívida, mas disse que não tem o que comentar, já que é um caso envolvendo o departamento jurídico do clube. Mas admitiu que, se chegar uma boa proposta, aceita negociar o jogador.
“É como sempre falo. O Palmeiras pode negociar qualquer jogador do elenco se aparecer uma boa proposta para ele e para o clube. Da mesma maneira que o Henrique foi negociado, outros podem ser”, avisou o dirigente.
Já o técnico Gilson Kleina disse que tenta evitar que o problema extracampo afete o desempenho do jogador. “O Wesley está em um bom momento, começou o ano muito bem e uma coisa que a gente sempre quer é deixar o elenco forte. Temos que ver em que ponto está a situação e sabemos que a instituição é maior que todos nós. Estávamos redondinhos, mas no Palmeiras temos que estar sempre atentos. Se parar para lamentar, aí você realmente reflete”, analisou o treinador.