“Infelizmente bateu na minha mão”. Meio sem jeito, Wellington Silva era cercado por jornalistas para explicar o gol mais polêmico de sua carreira, o feito com a mão – e o da vitória sobre o Ceará, ontem, no Castelão.
O jogador e o técnico Roberto Cavalo tentaram explicar o lance, mas tanto eles quanto o restante do grupo queriam mais era comemorar a importantíssima vitória em Fortaleza, a primeira em dezesseis jogos no nordeste.
“A bola bateu junto à mão do Wellington. E o árbitro não viu, isso acontece. O juiz pode errar, é normal. Acho que ele foi bem no jogo”, comentou o treinador paranista, talvez sem saber que as imagens da TV mostravam que Wellington tinha dado uma ‘cortada’ na bola. “Serve até para homenagear o Giba”, brincou o centroavante, citando o jogador de vôlei que torce para o Paraná.
Sobre a partida, o resumo foi o da luta. “Eu falei com os meus companheiros que tínhamos que parar de passar vergonha. Eu não consigo nem sair na rua por causa da vergonha que estamos passando dentro dessa Segundona. Por isso, fomos guerreiros e suamos sangue”, disse o volante Adoniran.
“Com empenho e com dedicação, conseguimos suportar a forte pressão do Ceará”, completou o jogador. O resultado reanimou a equipe. “Não podíamos perder pontos como perdemos contra o Juventude. E agora vamos seguir em frente”, avisou o goleiro Zé Carlos. “Não tem nada perdido”, frisou Wellington Silva. “O torcedor precisa nos apoiar contra o Figueirense”, finalizou Roberto Cavalo, já falando da partida do próximo sábado, contra os catarinenses, na Vila Capanema.
