As coisas não foram muito bem no sábado, começaram mal no domingo, mas no fim deu tudo certo. Melhor que a encomenda, até: mais uma vitória, a quarta no ano, e a liderança do Mundial novamente. Foi assim o fim de semana de Mark Webber na Hungria. O australiano começou perdendo a pole para Vettel, seu companheiro de Red Bull, largou patinando e perdeu o segundo lugar para Alonso, viu o alemão sumir na frente, estava quase conformado com um pódio até discreto, quando…
Quando veio o safety-car, na 15.ª volta. Por duas voltas o pelotão se juntou, com quase todo mundo aproveitando para trocar pneus. Webber ficou na pista e recebeu uma missão: ao assumir a ponta na corrida, teria umas 20 voltas para abrir do segundo colocado para poder fazer sua parada e voltar na frente.
Fez a lição de casa direitinho e tirou nota 10. Quando parou, na 43.ª volta, já tinha uma diferença grande o bastante para Alonso para retornar à pista ainda em primeiro. E Vettel, aquele que passeava no começo?
Quando saiu do pit stop, atrás de Webber, ele perdeu a concentração antes da relargada e deixou um enorme espaço entre seu carro e o do líder da prova. Os comissários entenderam que ele fez aquilo para ajudar Webber na hora em que o safety-car saísse da pista. Deram-lhe um drive-through. Ele caiu para terceiro, e lá chegou. O GP teve suas surpresas. O russo Vitaly Petrov, por exemplo, foi o quinto com a Renault. Nico Hülkenberg, da Williams, terminou em sexto. A Sauber pontuou com seus dois carros, De la Rosa em sétimo e Kobayashi, que havia largado em penúltimo, em nono. E os seis “nanicos” de Hispania, Virgin e Lotus conseguiram, pela primeira vez, terminar a prova em bloco.