Washington preferiu não falar nada sobre Serginho

Ele preferiu se calar. Ao contrário do que muitos pensavam (e até queriam), Washington não quis comentar sobre a trágica morte do zagueiro Serginho, do São Caetano, na semana passada.

Em uma associação natural – o jogador paulista morreu do coração, o atacante do Atlético teve problemas cardíacos -, todos queriam saber qual seria a posição dele sobre a história, se teve receio de jogar contra o Internacional ou se a situação o fez repensar a carreira.

Nada disso. Em uma posição de prudência e de resguardo pessoal, Washington, o jogador mais procurado pela imprensa nacional nos últimos dias, não comentou nada. Essa atitude do centroavante rubro-negro era esperada desde sábado, quando ele não participou das entrevistas após a vitória sobre o Inter, quando fez dois gols, que o isolaram ainda mais na artilharia do Campeonato Brasileiro. O jogador deixou rapidamente o Serra Dourada e foi para Brasília, onde moram seus familiares. Washington chegou a pedir desculpas para os repórteres que estavam em Goiânia.

Ontem, uma nota da assessoria de imprensa reafirmava que Washington não falaria sobre o caso Serginho. Mas isso não era uma fuga dos repórteres. O centroavante, em entrevista coletiva, novamente demonstrou irritação com a imprensa paulista, que nos programas de TV insinuavam que os dois pênaltis convertidos por ele não tinham acontecido. “É isso que faz o futebol brasileiro ficar parado. Nós só conseguimos estar entre os melhores porque, dentro do campo, os jogadores salvam”, atirou.

O Coração Valente também festejou o fato do Atlético “voltar para casa”, após dez dias fora de Curitiba. “A gente estava em um lugar bem legal, que é Goiânia. Para mim, melhor ainda, porque era perto dos meus parentes. Mas aqui é a nossa casa, é bom estar no CT de volta”, comentou.

Para ele, a vitória do final de semana serviu para que o Atlético mostrasse que não estava fora da disputa pelo título brasileiro. “Nós precisávamos desse resultado, porque não tínhamos jogado bem algumas partidas. É bom vencer, porque todo mundo recupera a motivação e volta a acreditar nas próprias qualidades”, finalizou.

Batalha

A diretoria do Atlético ainda tenta um efeito suspensivo que permita a realização do jogo do dia 21, contra o Criciúma, no Joaquim Américo. Na quinta, está previsto o julgamento do recurso impetrado pelos advogados rubro-negros, que tentam reverter a decisão da Comissão Disciplinar do STJD, que tirou dois mandos de jogo da equipe – o primeiro, no jogo de sábado com o Inter. Caso a partida não aconteça em Curitiba, Cascavel e Florianópolis seriam as primeiras opções da direção atleticana.

Volta aos treinos

O técnico Levir Culpi reiniciou ontem os trabalhos do Atlético, já visando a partida de domingo contra o Fluminense, às 16h, no Maracanã. Com novos problemas, ele deve mudar a estrutura tática da equipe – no objetivo de evitar ao máximo a dificuldade técnica apresentada no sábado, contra o Internacional.

São dois desfalques na defesa – Marinho e Marcão, ambos suspensos pelo terceiro cartão amarelo. Isso faz com que Levir seja obrigado a mudar de novo o time. Fabiano terá que retornar à zaga para compor a dupla com Rogério Correia. Se quiser alterar pouco o time, Igor é a primeira opção. Bruno Lança, já liberado pelo departamento médico, poderia ser um dos volantes ao lado de Allan Bahia.

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