Cerca de um ano depois de ser reprovado em testes médicos, em 2003, Washington conquistou a redenção, a camisa 9 do Furacão e a artilharia do Brasileirão 2004, com 34 gols. Surgia então o Coração Valente, que também fez fama no Fluminense e no São Paulo.
Hoje, porém, o atacante admite que falta motivação no Morumbi, onde atualmente joga. Mesmo uma liberação para acertar com o Rubro-Negro já é estudada pela diretoria são-paulina.
O atual bom relacionamento entre os cartolas do Morumbi e da Baixada pode facilitar uma cessão do Coração Valente ao Atlético, de acordo com o vice de futebol do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, também conhecido como Leco.
“Não tem nada oficial. Mas, havendo o interesse, a gente mediará uma conversa pra estabelecer as condições. É possível algo parecido com a negociação do Wagner Diniz. Com a diferença que o contrato do Washington termina final do ano. Então poderíamos, sim, liberá-lo”, disse.
Para o presidente atleticano, Marcos Malucelli, o grande empecilho em uma possível vinda de W9 seria o salário -estimado em R$220 mil mensais, cerca do dobro do teto rubro-negro. “O difícil de uma transação dessas é o salário elevado. Foge totalmente de nossos padrões”, explicou.
Uma dívida de gratidão entre o Coração Valente, hoje com 35 anos, e o Furacão pode facilitar na redução do salário do atleta, que em 2003 ficou cerca de um ano realizando tratamento médico em Curitiba – com o cardiologista Constantino Constantini.
Reuniões
Nos próximos dias, uma conversa entre Washington e o treinador Ricardo Gomes deve definir a situação do atleta no Morumbi. Com a chegada do atacante Fernandão, o Coração Valente perdeu a condição de titular absoluto no São Paulo e agora terá que decidir se fica para lutar pela vaga ou pede pra sair.
Fontes ligadas ao clube paulista afirmam que o Tricolor aguarda a partida de amanhã contra o Cruzeiro, pela Libertadores da América, para tentar finalizar a questão do atacante no Morumbi.
Após o jogo de domingo, na derrota tricolor diante do Botafogo pelo Brasileirão, Washington desabafou. “Ouvi falar que a diretoria (do São Paulo) estava me negociando com o Goiás, com o Atlético Paranaense. Isso desmotiva, porque você se sente uma carta fora do baralho”.
Procurada na tarde de ontem, a assessoria de imprensa do atacante afirmou que Washington vai aguardar a conversa com o técnico do São Paulo para se pronunciar oficialmente sobre a transferência. Depois ainda vai ser necessária uma conversa entre o atleta e seu agente, Gilmar Rinaldi, goleiro tetracampeão em 1994 com a seleção brasileira.
