Treinador em xeque-mate. É nesta situação pouco agradável que Waldemar Lemos comanda o Atlético hoje à noite (21h) contra o Goiás, no Serra Dourada. Mais uma derrota e cresce a probabilidade de outra troca no comando técnico do Rubro-Negro nesta temporada.
Pelo menos é o que indicam as palavras do presidente Marcos Malucelli ao enfatizar que nenhum treinador resiste ao perder 3 ou 4 partidas seguidas e que, para manter um profissional no comando, vitórias são essenciais. Até o momento, Lemos comandou o Atlético em nove partidas conquistando três vitórias, dois empates e quatro derrotas.
Aproveitamento de 41% que não vem agradando dirigentes e torcedores. O último triunfo foi diante do Inter por 3 a 2 em 12 de julho. De lá pra cá, quatro jogos e apenas um ponto conquistado. Atualmente o Rubro-Negro ocupa a 18.ª posição e está na zona de degola.
Assim, o jogo com o Goiás, pode ser novamente emblemático para o Furacão. No ano passado, o time paranaense foi goleado por 4 a 0 e a derrota deu início à reformulação que conseguiu manter o Atlético na Série A do Brasileirão.
Naquela ocasião, após o vexame, o treinador Mário Sérgio foi demitido, os presidentes Mário Celso Petraglia e João Augusto Fleury se afastaram do departamento de futebol e o então diretor jurídico, Marcos Malucelli, tomou conta dos assuntos relacionados à bola como diretor de futebol. Na sequência, Malucelli contratou Geninho e deu início à reestruturação do time no campeonato. Isso aconteceu na 24.ª rodada e surtiu efeito.
Mudança?
Sobre a possibilidade de estar na corda bamba, Waldemar Lemos mostrou-se consciente da situação e enfatizou que está trabalhando em busca do melhor para o Atlético.
Disse que o presidente pode ficar à vontade para tomar a iniciativa que achar melhor, mas desde que seja dentro de uma linha (lógica).
“O trabalho foi feito e tem sido feito e acho que conseguimos algum sucesso no Atlético. Se houve o desagrado de alguém, o que eu posso fazer?”, questiona o treinador.
Lemos afirma que está dando duro diariamente no CT do Caju e de forma muito séria, mas entende que futebol é resultado. “Torço e trabalho pelo resultado. Me esforço por isso. Me esforço pelos jogadores, pelas pessoas. Mas dependemos do resultado. Se ele não acontece, paciência”, finaliza.
Time
Para tentar manter o cargo, Waldemar Lemos irá recorrer ao velho sistema com três zagueiros e, devido aos desfalques, realizará novas mudanças. O departamento médico vetou ontem o ala-direito Nei, o meia Paulo Baier e o volante Chico, que sequer viajaram com a delegação. Rafael Miranda também está fora, pois cumpre suspensão devido ao terceiro cartão amarelo.
A ausência dos dois volantes forçará mais uma mudança no setor de marcação do meio-campo. Zé Antônio ganhará mais uma chance em sua posição de origem e atuará ao lado de Valencia. A zaga será composta por Rhodolfo, Antônio Carlos e Rafael Santos.
Na ala esquerda Márcio Azevedo volta após cumprir suspensão e na direita outra novidade. Raul, que serviu a seleção brasileira sub-20 e foi campeão na Venezuela na segunda-feira, encontrará a delegação rubro-negra em Goiânia. O garoto reassume a titularidade.
E para finalizar, Marcinho permanece como armador no meio-campo e o ataque será formado por Alex Mineiro e Wesley ou Wallyson. Sobre as mudanças no esquema tático e posicionamento de jogadores, o treinador disse que confia no elenco que possui e que nem sempre a equipe atua como foi treinada e se espera. “Tudo é circunstância do ,jogo. É momento. Às vezes as coisas não se encaixam e a equipe não consegue desenvolver seu futebol”, explica Lemos.
