O presidente da Agência Mundial Antidoping, John Fahey, admitiu nesta terça-feira que dificilmente o Brasil terá um laboratório em condições de receber os testes antidoping da Copa do Mundo e que a Fifa terá que superar este “desafio de transporte”.
Para o mandatário da Agência (Wada, na sigla em inglês), caberá à Fifa a missão de transportar as amostras dos jogadores para serem analisadas em outros países. A entidade responsável pelo futebol mundial já faz planos para enviar os testes para a Suíça.
Fahey acredita que o transporte das amostras, ainda que gere maiores custos, seja viável. Ele cita um evento realizado pela IAAF no Quênia, de onde fora enviadas 40 testes para análise na Suíça.
O transporte das amostras será necessário porque o Brasil não conta no momento com um laboratório credenciado pela Wada para realizar os testes. Única opção disponível em solo nacional, o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, o Ladetec, foi descredenciado em agosto deste ano em razão de “repetidas falhas”, segundo avaliação da Wada.
Sem uma opção viável para fazer os testes, a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem corre contra o tempo para reformar o Ladetec e buscar novo credenciamento. A entidade já conseguiu junto à Wada aprovar pedido para acelerar a análise do pedido de recredenciamento do Ladetec. Esse processo pode levar até 24 meses.
Mesmo assim, será improvável que o Ladetec seja reformado e liberado pela Wada a tempo de servir de base para os testes da Copa do Mundo, a ser disputada em junho e julho do próximo ano. A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem aposta que o laboratório esteja em condições de receber amostras dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.
