Allan Costa Pinto
Mascote do Paraná promete ser mais criativo no jogo na Vila.

Assim como outros tantos personagens ?misteriosos?, poucos sabem quem veste a fantasia da Gralha Azul, o novo mascote do Paraná Clube. Por orientação do departamento de marketing, a identidade do mascote continuará sendo ?secreta?.

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O homem por trás da fantasia revela que teve participação direta na revitalização do mascote, que já teve uma versão anterior, menos produzida e mais ?infantil?. Hoje, o público alvo é formado por adolescentes e por isso o clube procurou adotar um estilo mais agressivo para a Gralha Azul. A fantasia foi criada pelo artista Ricardo Garanhani, apresentado ao clube pelo próprio ?gralha?.

?Na verdade, eu já pensava na volta do mascote, por influência de meu filho, que viu a versão antiga e sempre me perguntava o que tinha acontecido com o bichinho?, explica o gralha. ?Quando soube que o Marcelo Romano iria assumir o marketing, o procurei e me coloquei à disposição para trabalhar na reformulação do mascote?, contou. ?Fiquei sabendo dos estudos que o pessoal do Romano tinha feito e quando recebi sinal verde para mexer com isso, foi atrás do Garanhani, que elaborou a fantasia?.

O gralha garante que é um cara comum, até tímido, mas que se transforma ao colocar o ?uniforme?. ?Fico realizado por estar colaborando com esse ressurgimento do Paraná. É um trabalho, no final, voltado para as crianças e estou ajudando a tornar o clube mais simpático e atrativo para a garotada?. Até aqui, o novo mascote esteve presente em três partidas. ?Estou até me condicionando fisicamente para isso?, revelou o gralha, que não conseguiu dormir devido às dores musculares após a sua noite de estréia.

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?Foi complicado. Tive que ensaiar aquele vôo dos camarotes até o campo. E, a dificuldade maior é o peso das asas. Ficar mexendo os braços o jogo inteiro, não é fácil?, explicou. Agora, no seu dia a dia o mascote incluiu 90 minutos de corrida, para melhorar o desempenho físico, visando novas coreografias. ?Alguns detalhes podem passar desapercebidos, mas a galera adorou quando dancei o créu enquanto a Fúria cantava aquela musiquinha pros coxas?.

Essas ?tiradas? têm tudo a ver com aquilo que o marketing definiu como a personalidade da Gralha Azul, um mascote sarcástico, com atitudes provocativas. O Paraná até tentou um acerto para que a Gralha Azul fosse ao Couto Pereira, mas a idéia foi rechaçada pela direção do Coritiba. ?Vou ao estádio, mas à paisana?, disse o gralha, que assim guardará energias para o jogo da volta. ?Não tenho nada preparado, ainda. Vai do momento, no improviso. Mas, é melhor que o vovô coxa, que só põe a mão na cabeça e se joga no chão. Acho que está velho e cansadinho, parece um papai noel. A nossa festa será bem mais criativa?, assegurou o gralha, alfinetando o rival nessas semifinais do Paranaense.

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