A audiência pública realizada hoje na Assembleia Legislativa pouco avançou no sentido de buscar a solução para o impasse financeiro da Arena da Baixada, visando a Copa de 2014. O que foi definido é que a votação do projeto da “Arena Copel” será no dia 03 de agosto. O encontro começou às 10h, com a presença de representates do governo do Paraná, da Prefeitura de Curitiba, dirigentes do Atlético, além dos deputados e curiosos que foram até o local.
A sessão, conduzida pelo deputado Luiz Claudio Romanelli, criador do projeto de patrocínio da Copel na Arena da Baixada, iniciou com uma exposição do arquiteto Carlos Arcos, responsável pelo projeto de conclusão do estádio atleticano e que explicou o que precisará ser feito para que a Baixada se enquadre nos encargos da Fifa.
Alguns deputados tomaram a palavra, como Stephanes Júnior, que disse que apesar de torcer pelo Coritiba, é a favor do patrocínio da Copel, desde que ele aconteça também para Coritiba e Paraná, e não apenas para o Atlético. Além disso, Júnior apresentou um projeto extra-oficial para a Copa de 2014, que envolveria a construtora O.A.S., a Federação Paranaense de Futebol (FPF), o Coritiba, o Paraná Clube e o governo do Estado para a constução de um estádio no terreno do Pinheirão.
O gestor da Copa em Curitiba, Luiz de Carvalho, defendeu a injeção de capital na Arena da Baixada, pois isso é muito pouco perto do retorno que o Mundial trará para a cidade e para o estado. Por isso, ele se disse a favor do projeto “Arena Copel”. Assim como o vereador Algaci Túlio, secretário especial de assuntos da Copa, que também é favorável ao patrocínio da Copel no estádio rubro-negro.
Para Túlio, o Paraná não pode ficar sem sediar a Copa do Mundo de 2014, pois terá vários prejuízos em diversos setores e deixará de receber muitos investimentos. Além disso, ele disse que o estado tem caixa para investir na Arena da Baixada, pois recebeu um bom dinheiro com a revisão da multa do banco Banestado.
O presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Glaucio Geara, também discursou sobre os gastos do clube com a reforma do estádio. Novamente ele reiterou a posição de não se endividar para bancar sozinho os R$ 130 milhões necessários para concluir a Arena. Segundo Geara, a Copa é da cidade e do estado, e não apenas do Atlético. Ele afirmou ainda que o clube vem cumprindo o combinado de bancar 33% das obras, tanto que o anel inferior do setor Brasílio Itiberê e a aquisição de terenos no entorno do estádio foram pagos pelo rubro-negro.
O ex-presidente atleticano e grande responsável por trazer a Copa para Curitiba e para a Baixada, Mário Celso Petraglia, também se mostrou favorável à “Arena Copel”. Para ele, se o Mundial não for realizado na Arena, Curitiba será excluída do torneio. Além disso, Petraglia disse que o BNDES não financia estádios e que isso tem que ser feito através de outra instituição.
Arena Copel
O projeto da Arena Copel foi criado pelo deputado Luiz Claudio Romanelli. A ideia é que a empresa estatal patrocine o Atlético e utilize o nome do estádio como publicidade. Com isso, a Baixada passaria a se chamar Arena Copel, com possibilidade da empresa explorar outras formas de patrocínio e exposição de sua marca. Assim, o clube conseguiria o dinheiro necessário para concluir o estádio nos encargos da Fifa sem se endividar.
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