Um dos primeiros voos da manhã de ontem, partindo de Curitiba rumo ao Rio de Janeiro, colocou frente a frente atleticanos e flamenguistas que residem na capital paranaense e viajaram para ver a decisão no Maracanã. Dentro da aeronave, a viagem se transformou em uma mesa redonda, com cada lado defendendo seus argumentos, mas sem baixaria. “Vai ser sofrido, mas nada é fácil para nós. É assim que vai acontecer nosso título da Copa do Brasil”, disse um dos torcedores do lado do Furacão.

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Durante uma hora e meia – tempo do voo -, os palpites mais variados foram lançados ao ar. “Vai dar 3 x 0, com direito a dois gols do Hernane Brocador”, disse um adepto do time carioca. “Vamos calar o Maracanã amanhã (hoje). Os sete mil atleticanos serão ouvidos. Seja o placar que for, mas tenho certeza que vai dar Furacão”, retrucou um otimista atleticano.

Durantes as conversas paralelas, os torcedores atleticanos relembraram um pouco das excursões que fizeram para ver o Atlético em grandes decisões. Enquanto alguns contaram fatos curiosos que aconteceram na finalíssima do Brasileirão de 2001, quando o Furacão foi campeão em São Caetano do Sul-SP, outros falaram sobre a viagem para o Rio Grande do Sul, em 2005, para acompanhar a partida final da Libertadores da América contra o São Paulo.

Mas o papo esquentou mesmo quando o assunto em pauta foi a escalação do time atleticano para enfrentar o Flamengo. Alguns tiveram um momento de treinador e apostaram no time ideal do Furacão para vencer o da Gávea no Maracanã. “O elenco do Atlético é muito bom. Quem entrar vai dar o sangue pelo Atlético.O time que jogou em Joinville, contra o Náutico, foi muito bem. Acredito que tem uma vaga para o João Paulo no meio e o Felipe tem que jogar na lateral. Precisamos ser ofensivos e marcar gols”, cornetou o motorista Rogério José Ferreira, 45 anos, que foi acompanhado para o Rio de Janeiro do seu filho.

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Já o engenheiro civil Luciano Carneiro Lobo, de 49 anos, virou conselheiro de técnico. “Se eu fosse dar um conselho para o Mancini diria para que ele orientasse o time da mesma forma que tem feito. Que o Atlético jogue com intensidade, não esmoreça caso tome um gol e tenha cabeça fria. Precisamos fazer gols. Não é mais a primeira partida. O gelo foi quebrado e acredito que o time terá mais tranquilidade no jogo no Maracanã”, concluiu.