A organização da Volta da França quer deixar em branco a lista de campeões de sete anos -1999 a 2005- se o americano Lance Armstrong for destituído dos títulos pela UCI (União Ciclística Internacional) por doping.
Christian Prudhomme, diretor da mais importante prova do ciclismo mundial, defende que Armstrong não seja substituído por ninguém no rol de vencedores.
“Quando você lê o relatório da Usada, você não pode ficar indiferente”, disse Prudhomme. “Representa uma época e um sistema que estarão sempre sujos. A melhor solução é dizer que não deve haver vencedor nesses anos.”
Dos cinco vice-campeões da Volta da França no período de hegemonia do americano, quatro estão envolvidos em episódios de doping.
Com depoimentos de vários ex-companheiros, documento da Usada (Agência Antidoping dos EUA) afirma que Armstrong utilizou o “mais sofisticado, profissional e bem-sucedido programa de doping que o esporte já viu”.
Além de utilizar substâncias ilegais, o ex-ciclista também coagia seus companheiros de equipe, a US Postal, a fazerem o mesmo, de acordo com a agência americana.
Prudhomme disse ser necessário aguardar a decisão da UCI. “Temos até o dia 31 para decidir [o que fazer]”, afirmou o porta-voz da União Ciclística Internacional.
Apesar de nunca ter sido flagrado em antidoping e se dizer inocente, Armstrong foi banido do esporte depois de anunciar, em agosto, que desistiria de responder às acusações da Usada.
Liberado
A agência mundial devolveu ao brasileiro Ladetec o direito de fazer exames que distinguem a testosterona natural da sintética e detecta esteroides. Ele estava suspenso desde janeiro.