Lar doce lar. Após mais um tropeço fora de casa – o jejum já dura quase nove meses – o Paraná Clube volta a respirar o ar de Curitiba e em seu “alçapão” espera voltar a vencer e a convencer. No Pinheirão, venceu cinco dos seis jogos que disputou e tem a melhor campanha em casa entre os oito primeiros do Brasileirão. Já fora de casa… O técnico Adílson Batista reconhece que precisa encontrar uma forma de posicionar seu time que garanta o equilíbrio necessário para que o Tricolor some pontos também na condição de visitante.
“Quem quer chegar, precisa vencer fora de seus domínios”, avisa. Os números comprovam a afirmação. Entre os oito melhores da competição, somente o Paraná não venceu fora. Cruzeiro, Santos, Coritiba e Atlético Mineiro – 1.º, 2.º, 4.º e 6.º colocados, respectivamente -, já venceram três vezes em “território inimigo”. A ineficácia da equipe fora do Pinheirão impede o crescimento do Paraná e uma aproximação dos líderes. Passadas 12 rodadas, o Paraná esteve sempre entre os oito primeiros (à exceção da 3.ª rodada, quando caiu para o 10.º lugar ao perder para o Guarani), mas oscilando a maioria das vezes entre a 5.ª e a 8.ª posições.
“A competição só premia os três primeiros. Por isso, temos que melhorar e buscar este objetivo”, comentou Adílson Batista. Ele já começa a quebrar a cabeça na tentativa de encontrar uma estratégia capaz de dar o equilíbrio necessário ao time nestes jogos longe de seus domínios. “Só que este é assunto para a próxima semana. Agora, temos que estar mobilizados para o jogo frente ao Juventude, onde só a vitória interessa”, lembrou. O time gaúcho vive momento delicado – ainda não venceu sob o comando de Marinho Perez – e ocupa a antepenúltima colocação.
Para Adílson, em uma rodada de clássicos, a conquista de três pontos deve assegurar o avanço de algumas posições. “Há uma tendência de empates e vencendo o nosso jogo teríamos maior tranqüilidade para acertar o time que na outra rodada terá pela frente o Internacional”, disse. Curiosamente, a última vitória do Paraná fora de casa em campeonatos brasileiros foi em Porto Alegre, diante do colorado gaúcho, no Beira-Rio. Foi de virada e com dois gols de Maurílio, no dia 28 de setembro de 2002. O atacante, que está de volta à Vila Capanema após cinco meses na Arábia Saudita, pode ser a novidade para o jogo deste fim-de-semana.
A comissão técnica aguarda o sinal verde da diretoria para a utilização de Maurílio. Sua documentação foi encaminhada à CBF da semana passada e a expectativa é que seu nome já conste do BID (boletim informativo diário) a ser divulgado hoje à tarde pela entidade. Caso isso não ocorra, o atacante estará impossibilitado de atuar, pois o regulamento estabelece que os atletas só têm condição de jogo caso seus nomes constem do BID publicado até às 19 horas da véspera do intervalo mínimo de três dias úteis antes da realização de cada partida. Outra novidade poderá ser a entrada de Valentim na lateral-direita, pois Milton recebeu o terceiro cartão amarelo e cumpre suspensão automática. O Paraná também terá a volta do capitão Ageu, que não atuou em Belém do Pará por estar suspenso pelo terceiro cartão amarelo.