São Paulo – Um dia após a conquista do hexacampeonato da Liga Mundial, a seleção brasileira de vôlei masculino já pensa na preparação para o campeonato mundial, que será disputado de 17 de novembro a 3 de dezembro, no Japão, e no qual a equipe busca o bicampeonato – venceu em 2002, na Argentina. E a prioridade do técnico Bernardinho é corrigir as deficiências que, segundo ele, não podem ser encobertas pelo hexacampeonato.
?Devemos nos questionar sempre sobre o que é preciso melhorar?, alerta o técnico, que vê possibilidades de evolução em todos os fundamentos, como dificuldades na defesa e irregularidade no saque e no passe. ?Individualmente também podemos trabalhar o ataque. Como sistema, o ataque funciona bem, mas talvez tenhamos negligenciado a parte individual, já que o ataque sempre foi algo natural no jogador brasileiro?, explica o treinador.
Para ele, a evolução do vôlei faz com que simplesmente repetir a mistura de velocidade e força que garantiu à seleção a medalha de ouro olímpica em Atenas não seja suficiente para conquistar o bi mundial. ?Temos que trabalhar mais uma série de fundamentos e buscar algo de novo?, comenta. A França, dura adversária na decisão de domingo, em Moscou, faz parte do grupo do Brasil na primeira fase, ao lado de Cuba, Alemanha, Grécia e Austrália. Os quatro primeiros seguem para a etapa seguinte, onde se encontram com os melhores do grupo que tem, entre outros, Itália, Estados Unidos e Bulgária – a única a vencer o Brasil na Liga-2006.
Com um currículo invejável em seis anos à frente da seleção masculina – são 16 títulos em 20 torneios disputados, incluindo competições amistosas -, Bernardinho rejeita a possibilidade de ?fazer história? com a conquista do bicampeonato mundial. ?Ninguém aqui pensa em recordes?, atesta.