Atual campeã olímpica e vice-campeã mundial, a seleção brasileira é a maior força do vôlei feminino na América do Sul. Por isso, entra como grande favorita no Sul-Americano, que começa na próxima quarta-feira, em Lima, no Peru. Mas, apesar da expectativa de título, a ordem no grupo do Brasil é entrar com força máxima e manter a concentração na disputa, para evitar surpresas numa competição fundamental para a conquista da vaga na Olimpíada de Londres.
O campeão do Sul-Americano vai para a Copa do Mundo, que acontecerá em novembro, no Japão, e dará três vagas na Olimpíada de Londres. E o Brasil tem um histórico bastante positivo na competição continental, com 16 medalhas de ouro e 11 de prata em 28 edições realizadas – a única vez em que a seleção brasileira não chegou à final foi em 1964, quando não disputou a competição.
“O nosso sonho olímpico começa agora no Sul-Americano. Este será o primeiro passo em busca de uma medalha olímpica. Por isso, temos que estar todas atentas para isso. Enfrentaremos adversários que irão oferecer pouca resistência, mas também teremos times tradicionais pela frente, como Argentina e Peru. A responsabilidade é toda do Brasil. Ninguém tem nada a perder neste Sul-Americano, a não ser o Brasil”, disse a líbero Fabi, titular absoluta da seleção.
O técnico José Roberto Guimarães endossa o discurso de Fabi e ressalta a importância da competição no Peru. “Temos a obrigação de vencer o Sul-Americano e manter a hegemonia do Brasil no continente. Mais importante ainda é jogar bem para conseguirmos nossa classificação para a Copa do Mundo, onde teremos a primeira chance de garantir vaga em Londres. Não tem melhor motivação do que esta”, avaliou o treinador brasileiro.
No Sul-Americano, o Brasil fará sua estreia contra o Paraguai. Ainda na primeira fase, jogará contra Argentina e Chile – o outro grupo conta com Peru, Colômbia, Uruguai e Bolívia. Apenas os dois primeiros colocados de cada chave passam para as semifinais, que irão, então, definir os finalistas da competição.