A federações internacionais de vôlei, handebol, luta, ginástica e pentatlo moderno confirmaram nesta sexta-feira suas adesões completas ao novo código antidoping, e garantiram a permanência no programa dos Jogos Olímpicos. “Eles fizeram o que já deviam ter feito no ano passado”, afirmou o diretor-geral da Agência Mundial Antidoping (Wada), David Howman.
De acordo com o novo código, que entrou em vigor em 1º de janeiro deste ano, os esportes que não aceitassem se submeter às regras poderiam ser banidos das próximas edições olímpicas. “Agora não temos mais essa preocupação”, completou Howman.
As federações discordavam do ponto mais polêmico do projeto: a exigência de que os atletas informem seu paradeiro o tempo todo, por meio de e-mails e mensagens de texto por celular, a fim de que possam ser localizados para exames antidoping de surpresa, fora do período de competições. Além disso, devem informar todas as consultas médicas e substâncias receitadas.
Várias entidades, como a Fifa e a Uefa, reclamaram da norma, embora tenham aceitado o novo código – que foi contestado inclusive por parlamentares da União Europeia, que o consideraram nocivo ao direito de privacidade. A Wada diz que ter a possibilidade de monitorar os atletas em tempo integral é fundamental para o sucesso da política de combate ao uso de substâncias ilegais.
Howman diz que a regra pode ser revisada a partir do começo do ano que vem, após um ano de aplicação. “Houve um excesso de críticas em janeiro e fevereiro, mas agora as coisas estão indo bem e provando que estávamos certos ao pedir tempo”, declarou o dirigente.