Enquanto o estado ruim do gramado do Barradão, palco do jogo de volta da final da Copa do Brasil, preocupa os jogadores do Santos, o Vitória já parece conformado com a dificuldade que encontrará na partida decisiva. A começar pela administração do estádio, que não vê perspectivas de melhoras até a noite desta quarta-feira.
“Não tem como melhorar nada até a hora do jogo”, disse nesta terça Haroldo Tavares, administrador do Barradão. “Mas vai dar para ter um jogo bem disputado. Não podemos fazer milagres, pois não para de chover. No início do ano gastamos R$ 11 milhões com reformas aqui, o gramado ficou impecável, mas a chuva não para de castigá-lo”, se explicou Tavares, que ainda tenta cobrir os buracos do campo com areia.
Para os jogadores do Vitória, as condições adversas podem até beneficiar o time baiano. “Temos de tirar proveito do estado do gramado”, afirmou o atacante Schwenck. “Estamos todos os dias treinando aqui, jogamos aqui, então já sabemos das dificuldades”, concordou o lateral-esquerdo Egídio.
Após o Vitória perder por 2 a 0 na Vila Belmiro, o centroavante Júnior até brincou com o estado precário do gramado. “Pelo menos uma vantagem para a gente”, ironizou o jogador. “A bola fica traiçoeira para os dois lados”, argumentou o goleiro colombiano Viáfara, que volta à equipe após cumprir suspensão na partida de ida.