Marquinhos trabalhou com bola e vai para o jogo.

O Paraná Clube entra em campo hoje, às 17h, no Pinheirão, com obrigação de vencer o Malutrom para se manter na briga do campeonato estadual. Pelos cálculos, uma equipe precisa somar pelo menos 11 pontos para se classificar às quartas-de-final. Como o Paraná soma apenas cinco – uma vitória, dois empates e uma derrota – precisa vencer os três próximos jogos para mater as chances de ser campeão paranaense em 2003.

Para o desafio de vida ou morte, o técnico Caio Júnior foi forçado a mexer na sua defesa. De uma só vez, o Tricolor perdeu Roberto e Ageu, suspensos por terem recebido o terceiro amarelo em Maringá. Como a equipe vem jogando no 3-5-2, o treinador vai ter que improvisar para o compromisso contra o Malita. Afinal, o único zagueiro disponível no banco de reservas é Weligton. No treinamento da manhã de ontem, no Pinheirão, o técnico Caio Júnior confirmou o volante Fernando Miguel para cumprir o papel de líbero. “Já fiz essa função em outras oportunidades e vai ser tranquilo. Estamos muito confiantes em fazer uma boa partida”, diz. Consicente da necessidade da vitória, Fernando ressalta que o grupo está firme no propósito de reverter a situação a favor do Tricolor. “Nós deixamos o Paraná chegar a esse ponto e cabe a nós mudar a história. Sabemos da força do Malutrom, mas vamos lutar pela vitória”.

Além da entrada de Fernando Miguel e Weligton na zaga, o Paraná Clube terá a volta do atacante Dauri, recuperado de uma contusão no joelho. O meia Marquinhos ainda tem resquícios de uma torção no tornozelo, mas está confirmado para enfrentar o Malita. Desta forma, o Paraná entra em campo com Darci; Fernando Lombardi, Fernando Miguel e Weligton; Willian, Émerson, Goiano, Marquinhos e Fabinho; Darci e Flávio.

Caio pede: Paraná com paz e amor

Tranqüilidade. Esse é o mote do Paraná Clube para a partida contra o Malutrom, hoje, às 17h, no Pinheirão. Apesar de a equipe necessitar da vitória para manter viva a esperança de classificação à próxima fase, o técnico Caio Júnior faz questão de ressaltar que só com menos ansiedade o time pode sair de campo vitorioso. “Estamos criando bastante, só falta mais calma na hora da finalização”, diz o treinador.

De fato, nos últimos compromissos, o Tricolor tem chegado com assiduidade às áreas adversárias, mas tem pecado no toque final. Justamente por isso, os jogadores do setor ofensivo estão tendo uma pressão maior por parte do torcedor. O atacante Dauri, por exemplo, até tem tido boa movimentação, mas na última partida disputada em casa – a derrota por 1 a 0 para o Coritiba – teve sua cabeça pedida pela torcida, que queria ver mais objetividade do ataque. Para o jogo de hoje, Dauri tem uma nova chance de fazer as pazes com o torcedor e desencantar. Contundido na rodada do final de semana, quando o Tricolor empatou sem gols com o Grêmio de Maringá, o jogador volta a figurar entre os titulares, no lugar do suspenso Dennys.

Como companheiro de ataque, Dauri terá novamente o centroavante Flávio, que marcou apenas um gol nessa temporada. “Nós estamos criando bastante, mas não estamos tendo tanta sorte na conclusão, especialmente pelo fato de os goleiros adversários estarem fazendo alguns milagres. Mas uma hora a bola vai entrar. E vai ter que ser contra o Malutrom”, diz esperançoso, destacando que entre os companheiros não há nenhum tipo de pressão. “Nos bons e nos maus momentos, todos nós nos apoiamos. Cada um sabe da própria responsabilidade e estamos lutando juntos pelo sucesso do Paraná”.

A confiança de Flávio em reverter a situação deve-se ao retrospecto de sua carreira no Paraná Clube. Revelado na categorias de base do clube, Flávio subiu para o profissional em 99, onde se destacou na Copa Conmebol. Em 2000, no segundo semestre, marcou 9 gols na Copa João havelange, competição na qual o Tricolor foi campeão do módulo amarelo – equivalente à segunda divisão. O sucesso da JH valeu a ele um empréstimo ao Vitória, da Bahia, onde foi artilheiro no primeiro semestre. Quando retornou, seu lugar havia sido ocupado pelo ex-companheiro de juniores, Márcio. “Devido a uma contusão,a cabei não tendo como brigar pela vaga de titular”. Sem sombras, Márcio foi ganhando confiança e marcando gols. Em 2002, ao lado de Maurílio, o jogador conquistou o posto de um dos maiores artilheiros da história do Tricolor e acabou negociado com o Kashiwa Reysol, do Japão. “Fico feliz pelo sucesso do Márcio, mas estou de volta ao meu lugar. E vou corresponder ao que a torcida espera de um artilheiro”, promete.

Malutrom entra embalado

O Malutrom entra em campo hoje, contra o Paraná Clube, com a mesma equipe que venceu a Adap por 3 a 0 na última rodada. Sem problemas de contusão ou supensão, o técnico Luciano Gusso dará sequência de jogos à equipe que vem surpreendendo na temporada.

Na manhã de ontem, durante o treino, Gusso testou a equipe jogando no 4-4-2, com a entrada de Souza na defesa. Mas essa é apenas uma opção que poderá ser adotada dependendo das circunstâncias do jogo.

O meia Dudu é um dos jogadores mais animados para enfrentar o Paraná. Após ter feito os três gols do Malutrom contra o Cascavel e dar o passe para dois dos três gols da equipe contra a Adap, Dudu espera ter outra boa atuação. Ele é o artilheiro do Malutrom ao lado de Murilo, com três gols. “Também estou ajudando os outros jogadores a fazer gols”, afirmou.

Dudu quer agora ajudar sua equipe a permanecer entre as quatro primeiras colocadas do campeonato paranaense. Caso o Malita termine esta fase entre os quatro primeiros colocados poderá também jogar por um empate na próxima fase.

Aposta

Aproveitando o confronto contra o Paraná, Dudu fez uma aposta com o amigo e adversário Edivaldo, do Paraná, que deve ficar no banco de suplentes do Tricolor. Os dois companheiros de profissão vaõ aproveitar a rivalidade para praticar uma ação social. Quem sair de campo derrotado doará três cestas básicas a uma creche a ser escolhida em Curitiba.

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