Jucemar: vergonha na cara. |
O Coritiba voltou para casa com os ânimos serenados. O resultado da ?excursão? a Caxias e ao Rio de Janeiro foi razoável, com uma vitória e uma derrota, mas o mais importante foi a reconquista da tranqüilidade perdida após duas derrotas seguidas. Para a partida de sábado contra o Paysandu, no Couto Pereira, o objetivo é conseguir, enfim, duas vitórias seguidas no campeonato brasileiro.
Este ?feito? é buscado pelo Coxa desde o início da competição. As únicas vitórias alviverdes aconteceram na primeira (Guarani), nona (São Caetano), décima segunda (Cruzeiro) e décima quinta (Vasco) rodadas. Duas destas aconteceram longe do Couto Pereira, o que dá ao Cori o sétimo melhor aproveitamento da competição fora de casa, apesar da 17.ª colocação na tabela.
E o resultado de terça serviu para rearrumar a casa. “Nós jogamos com vergonha na cara, e isso foi decisivo para a nossa vitória”, afirmou o lateral-direito Jucemar, que voltou a jogar depois de mais de um mês parado. “Nós mostramos muita coisa. Principalmente que temos qualidade, e que podemos chegar longe no brasileiro. E isso é fruto do trabalho do professor (Antônio) Lopes”, completou o outro lateral, Ricardo, que marcou o terceiro gol alviverde em São Januário.
O treinador era o mais festejado dos membros da delegação coxa que esteve no Rio. As manifestações de desagravo foram das mais diversas, desde homenagens dos jogadores até um momento de irritação de Giovani Gionédis -principal fiador do técnico, que garantira após a derrota para o Juventude – com os jornalistas presentes ao vestiário de São Januário. Outros diretores preferiram nem conceder entrevistas.
Lopes preferiu a serenidade, mas não deixou de alfinetar os críticos. “Nós conseguimos um bom resultado porque estudamos o adversário e montamos uma equipe que sabia anular os destaques adversários e também jogar. Deu certo, mas quando dá errado todo mundo fala”, disse o técnico alviverde, que garantiu não ter ?gosto especial? vencer o Vasco em São Januário. “Eu tenho uma ligação forte com o clube, fui considerado o técnico do século, mas é um jogo como qualquer outro”, resumiu. Sobre os elogios, o treinador preferiu minimizar. “Isso é normal em um elenco como o nosso. O grupo está bem unido, e isso é muito importante”, finalizou Lopes.
Alemão mostra a sua “brigada”
Quando Alemão entrou em campo, ele já tinha uma vantagem em relação a todos os jogadores do Coritiba – e até mesmo do Vasco. O atacante tinha setenta pessoas a gritar e torcer exclusivamente por ele, que pela primeira vez jogava por um time profissional perto dos familiares. Natural de Nova Iguaçu, ele não teve dúvidas: ao ver a tabela, mandou ônibus e ingressos para a turma. E eles não se arrependeram do que viram.
A “brigada alemã” chegou direto da Baixada Fluminense. Eram setenta amigos e familiares de Alemão que foram subsidiados pelo atacante para ir a São Januário. Lá estavam mãe e irmã do jogador, as mais emocionadas em vê-lo atuando pelo Coritiba. A turma foi complementada pelos amigos e parentes de Roberto Brum. “Eram mais de dez pessoas, e eles se juntaram ao pessoal do Alemão”, contou o Senador.