Washington: vencer e não pensar no regulamento. |
Sabe inferno astral? Aquele que vem antes do aniversário e serve como justificativa para tudo de ruim que acontece com a gente, seja as más notícias, como as más atitudes? Parece que o Atlético passou por isso nas duas últimas semanas.
Agora, dois dias depois de completar 80 anos, o Rubro-negro entra em campo na primeira partida da semifinal do campeonato paranaense, às 16h, contra o Londrina, no estádio do Café. Dono da melhor campanha da competição, a equipe tenta fazer com que apenas o que acontece em campo seja refletido contra o Tubarão.
Isso porque o que aconteceu fora do gramado agitou – e muito – os últimos dias atleticanos. Desde o anúncio do aumento dos ingressos, a diretoria tornou-se alvo das críticas da torcida e da imprensa. Para tentar diminuir o impacto da confusão, optou-se pela intransigência: com a repressão dos seguranças aos torcedores no jogo contra o União e com a proibição do acesso à rádio Transamérica, que se mantém, apesar das negociações entre emissora e clube.
Foi no meio desse turbilhão que aconteceu a festa dos 80 anos, na sexta. Torcedores fizeram trégua com os dirigentes, e dois grandes eventos movimentaram a região do estádio Joaquim Américo – um “oficial?, promovido pelo clube, o outro, feito pelo Esquadrão da Torcida Atleticana (ETA). Da ressaca da comemoração, os fortíssimos rumores de que amanhã deve ser anunciada a redução do preço dos ingressos e do “season ticket?, posição ainda negada pelos dirigentes.
Enquanto isso, o técnico Mário Sérgio preparava a equipe para a partida de hoje -e para a série, na qual o Atlético tem a vantagem dos dois resultados iguais. E, bem ao seu estilo, armou uma surpresa. Depois de treinar durante toda a semana com Marinho na defesa, o treinador acabou optando por Igor, que atuou na última partida. “Eu pensei no Marinho só para o Brasileiro, mas ele se preparou muito bem e ficou à disposição. Só que seria temerário colocá-lo agora, e o Igor ainda tem a vantagem de ter um bom cabeceio”, comenta Mário.
Com isso, entra em campo a mesma formação que venceu o União, e que pode ser considerada a titular a partir de agora, com Fernandinho na ala-direita, Jádson e Adriano no meio e Ilan e Washington no ataque – Dagoberto, que seria opção de banco, lesionou-se e sequer viajou para Londrina. Com o destacado poder ofensivo do Atlético (é o melhor ataque do Paranaense), a promessa é partir para cima do Tubarão. “Não podemos ficar jogando com o regulamento embaixo do braço. Temos que pensar em vencer, para facilitar nossa classificação”, resume Washington.
Tubarão terá dois desfalques
No Londrina, há duas ausências: o lateral-esquerdo e volante Germano, suspenso, e o atacante César, contundido. Luís Henrique e Léo estarão em seus lugares. A equipe do interior correu ameaça de rebaixamento, mas se recuperou depois que Raul Plassmann deixou o cargo de diretor-executivo e passou a treinar a equipe.
CAMPEONATO PARANAENSE
LONDRINA X ATLÉTICO
Londrina: Marcelo; Carlos Alberto, Rodrigo, Thiago Matias e Luís Henrique; Rocha, Rogério, Eduardo Neves e Nem; Cahê e Léo. Técnico: Raul Plasmann
Atlético: Diego; Alessandro Lopes, Rogério Correa e Igor; Alan Bahia, Fernandinho, Marcão, Jádson e Adriano; Ilan e Washington. Técnico: Mário Sérgio
Súmula
Local: Café (Londrina)
Horário: 16h
Árbitro: Francisco Carlos Vieira
Assistentes: Francisco Aurélio do Prado e José Amílton Pontarolo