Leipizg, Alemanha (AE) – É apenas a segunda apresentação, mas a França faz sua primeira decisão na Copa do Mundo, contra a Coréia do Sul, às 16h (de Brasília), no Zentralstadium, em Leipzig: se não vencerem, os "Bleus" podem não depender apenas de suas forças para avançar às oitavas-de-final – ficaram no 0 a 0 com a Suíça, na estréia. "É um jogo decisivo e temos de fazer tudo para conquistar o único resultado que nos interessa, que é a vitória", afirmou o técnico Raymond Domenech.

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O maior temor é que se repita o que ocorreu no Mundial 2002, quando o time se abalou emocionalmente com a derrota para Senegal (1 a 0) e acabou eliminado logo na primeira fase. "Espero que as qualidades que mostramos diante da Suíça se confirmem, para que derrotemos a Coréia", disse Domenech, que contará com o retorno do meia Florent Malouda.

A verdade é que o time mostrou mais defeitos do que qualidades na primeira partida. Quase nenhum apoio dos laterais, um meio-campo sem criatividade e talentos individuais apagados, casos de Zinedine Zidane, Thierry Henry e Franck Ribéry. Sem contar que o adversário de hoje, além de suas virtudes, entra em campo teoricamente mais tranqüilo, depois do triunfo sobre Togo, por 2 a 1. "A Coréia está numa situação privilegiada no grupo", admitiu Domenech. "Será um jogo muito difícil, porque os coreanos possuem jogadores rápidos", comentou o treinador. "Por isso, manter a posse de bola e o controle da partida serão muito importantes."

Em razão do estilo veloz dos asiáticos, os torcedores franceses estão preocupados com outro problema da equipe: o rendimento físico. Embora os próprios jogadores não admitam, a equipe cansou no segundo tempo contra a Suíça, e chegou a ser pressionada. "Trabalhamos o aspecto físico desde antes do mundial, e estamos em boas condições, pois esse fator será fundamental contra a Coréia", acredita Malouda, que deve ser titular no lugar de Sylvain Wiltord. "A força da nossa defesa será determinante, pois no futebol moderno, só as equipes que se defendem bem têm sucesso", opinou o lateral-direito Willy Sagnol.

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Um jogador em especial tem motivos para lutar pela vitória: o zagueiro Lilian Thuran vai igualar a marca de Marcel Desailly, como jogador que mais vezes vestiu a camisa da França – 116 jogos. Se atuar diante da seleção do Togo, Thuran será o recordista. "Quando comecei minha carreira, alguns achavam que eu não teria sucesso, mas provei que com trabalho, pode-se ir longe", disse o zagueiro.