Foto: Valquir Aureliano

Saulo de Freitas quer ver o seu time com melhor pontaria.

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O Paraná Clube vai em busca do que muitos consideram impossível: 100% de aproveitamento na reta final do Brasileirão.

Mesmo com os resultados ajudando, o tricolor deixou de fazer a sua parte e para se garantir na Série A terá, agora, que vencer os quatro jogos que lhe restam, contra Goiás, Botafogo, Santos e Vasco. Há quem acredite que diante de combinações de resultados, é possível se safar com três vitórias e – talvez – um empate.

O ponto somado em Belo Horizonte elevou para 16% as chances do clube seguir na elite nacional. ?Mais do que números, o que me anima é a postura do time. Os jogadores estão jogando bem, com personalidade, com confiança. Só temos que melhorar a pontaria?, analisou Saulo de Freitas, ainda lamentando as inúmeras oportunidades desperdiçadas. Em especial no primeiro tempo. ?É preciso cabeça fria. Tivemos tudo para matar o jogo.?

Saulo de Freitas admitiu que como treinador não havia ?sofrido? tanto num jogo como em Minas Gerais. ?Mandamos no jogo. Mas, na nossa situação, isso não basta. É preciso mandar a bola pra rede.? O técnico fala com base. Afinal, foi um dos grandes artilheiros da história do futebol paranaense, o maior do Paraná Clube até hoje, com 104 gols no currículo. ?A frieza na hora de definir a jogada faz toda a diferença. Talvez por isso eu e o Adoílson tenhamos feito história no Paraná?, recordou.

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?Mas, os meninos estão de parabéns?, emendou Saulo, reconhecendo a dificuldade de se jogar sob uma tremenda pressão. ?Há detalhes a serem corrigidos, mas hoje vejo um time bem física e tecnicamente. Foi um futebol de gente grande e envolvemos o Galo num Mineirão lotado.? O treinador paranista sabe que hoje corre contra o relógio e não há mais tempo para deslizes. Porém, acredita que seu time atingiu uma estabilidade que será decisiva nas quatro rodadas restantes. ?A nossa tendência é subir e há muito time que hoje está em queda?, ponderou Saulo de Freitas.

O treinador espera ver esse otimismo contagiando a torcida paranista. Em especial nesse jogo de sábado – às 18h10, frente ao Goiás -, o penúltimo do tricolor em casa, nesta temporada. O jogo faz parte da ação ?Torcer faz bem?, da Nestlé, e os ingressos estão disponíveis para troca em vários hipermercados da cidade. Um Sopão vale um ingresso e na Vila Capanema todos acreditam em ?casa cheia?. São 10.500 ingressos da promoção para os setores curva norte e reta do relógio.

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Nos demais setores do estádio, haverá venda de ingresso, sendo que nas sociais (cadeira ou arquibancada), o torcedor paranista paga R$ 20, com R$ 10 para sócios, mulheres, menores, estudantes e idosos. ?Contamos com esse apoio. É jogo chave para a nossa sobrevivência e temos que atropelar o Goiás?, finalizou Saulo.

Goiano e Jumar ganham espaço

A chegada de Saulo de Freitas foi chave para a reação tricolor. Mas, em campo, a dupla Goiano e Jumar é o maior exemplo da ?virada? paranista no Brasileirão. Mesmo tendo pela frente um longo caminho – 360 minutos de tensão – todos confiam no Paraná, sustentado pelo ?pulmão? de seus novos volantes. ?Com nosso estilo de jogo, demos tranqüilidade para o time?, reconhece Jumar, o mais regular atleta da ?era? Saulo.

Um rendimento que já faz a diretoria paranista ?se mexer? para prorrogar o contrato do atleta. Jumar veio para o tricolor inicialmente para um período de testes. Foi aprovado, mas uma lesão de joelho – com direito a cirurgia de ligamentos cruzados – o tirou dos gramados por quase dez meses. Mesmo assim, o Paraná renovou seu contrato até dezembro de 2008 e hoje detém 50% dos direitos econômicos do atleta, que está federado ao clube. A outra metade pertence ao empresário Celso Silva, que comanda o Bandeirantes Esporte Clube.

?O objetivo é investir na compra de um percentual maior e assegurar um contrato mais longo?, comentou o diretor de futebol Durval Lara Ribeiro. ?O Saulo deu a oportunidade e o jogador não decepcionou. Com esse perfil, podemos atingir nosso objetivo, depois da turbulência?, acredita o presidente Aurival Correia.