No jogo de número 500 da história do Barradão, o Vitória fez bonito para os mais de 30 mil torcedores que lotaram o estádio, bateu o Vasco por 4 a 1 e, com os três pontos conquistados, chegou aos 37, deixando a zona de rebaixamento pelo menos até a próxima rodada. Já o Vasco, que ficou com 42, ocupa a zona intermediária da tabela de classificação.
Sob sol forte e calor de 33 graus, o Vitória começou a partida mostrando força. Em um dos primeiros lances, com menos de dois minutos de jogo, Adaílton arrancou pela esquerda, passou, na base da vontade, por dois marcadores e, praticamente sem ângulo, chutou forte, no alto, sem chance de defesa para Fernando Prass.
Com vantagem no placar, o time da casa recuou, atraindo o Vasco para seu campo e apostando nos contra-ataques. A equipe carioca tinha maior posse de bola, mas perdia muitos lances no meio e não criava chances reais de gol. Já o Vitória levava perigo, principalmente em jogadas de Ramon e Adaílton, que tinham espaço pela esquerda. A ponto de o técnico do Vasco, Paulo César Gusmão, trocar o lateral Diogo pelo atacante Nunes ainda antes dos 35 minutos, puxando o volante Jumar para tentar bloquear as investidas.
A alteração fez o Vitória tomar conta do meio de campo. O segundo gol veio pouco depois, aos 40, em um chute de fora da área de Elkeson – que contou com a colaboração de Fernando Prass, que não conseguiu desviar suficientemente a bola. Nos acréscimos, Neto Coruja ampliou, aproveitando rebote de Prass depois de cobrança de escanteio.
No intervalo, o meia Zé Roberto não escondeu a decepção. “Se a gente não acordar, vai passar vergonha”, reclamou. O Vasco voltou melhor para o segundo tempo, tentando pressionar o time baiano, visivelmente preocupado em administrar o resultado. E logo aos 4 minutos a equipe carioca conseguiu descontar, com Nunes desviando, de cabeça, cobrança de falta de Fagner. O gol fez o Vitória acordar e, aos 11, Júnior ampliou, completando, de primeira, grande passe de Elkeson.
O time da casa passou a dominar a partida, perdendo diversas jogadas de ataque, enquanto o Vasco, desanimado, abusava dos erros de passes. Fumagalli ainda conseguiu descontar, aos 46 minutos, em bela cobrança de falta que deixou o goleiro Viáfara imóvel.
“A gente deu tudo o que podia e mais um pouco, para deixar essa torcida maravilhosa feliz”, comentou Ramon, ao fim da partida. “A equipe ainda perdeu muitas chances de gol, poderia ter feito mais, mas tivemos uma ótima atuação”. Do outro lado, o meia Felipe lamentou o primeiro tempo do Vasco. “O professor (Gusmão) deu um ‘esporro’ na gente no intervalo, a gente voltou melhor, mas era tarde”.
Na próxima rodada, na quarta-feira, o Vitória vai à Vila Belmiro enfrentar o Santos. Já o Vasco tem a chance de se recuperar contra o lanterna Prudente, em São Januário, na quinta.
Ficha técnica
Vitória 4 x 2 Vasco
Vitória – Viáfara; Jonas, Wallace (Thiago Martinelli), Anderson Martins e Egídio; Neto Coruja, Uelliton (Renato), Elkeson (Ricardo Conceição) e Ramon; Adaílton e Júnior. Técnico: Antônio Lopes.
Vasco – Fernando Prass; Fagner, Cesinha, Jadson e Diogo (Nunes); Jumar, Rafael Carioca, Fellipe Bastos (Rômulo) e Felipe; Zé Roberto e Eder Luis (Fumagalli). Técnico: Paulo César Gusmão.
Gols – Adaílton, aos 2, Elkeson, aos 40, e Neto Coruja, aos 47 minutos do primeiro tempo; Nunes, aos 4, Júnior, aos 11, e Fumagalli, aos 46 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos – Ramon, Anderson Martins e Neto Coruja (Vitória); Jadson e Nunes (Vasco).
Árbitro – Wilson Luiz Seneme (Fifa-SP).
Renda – R$ 301.570.
Público – 31.449 pagantes.
Local – Estádio Barradão, em Salvador (BA).