Foto: Valquir Aureliano |
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Henrique subiu mais que a zaga e marcou o gol do Coritiba. |
O Coritiba fez valer o mando de campo, marcou 1 a 0 e aumentou suas chances de classificação às semifinais do Paranaense. Com o resultado, o Coxa assumiu momentaneamente a liderança do Grupo A, abriu quatro pontos de vantagem para o Adap Galo, que agora terá dois jogos em casa para tentar mudar sua sorte na competição. De quebra, o Coxa completou 11 jogos de invencibilidade, comprovando a boa fase da garotada.
A marcação forte – em especial no meio-de-campo – deu o tom do 1.º tempo. Uma postura que refletiu nas raras oportunidades criadas pelas equipes. As poucas jogadas individuais e tabelas fizeram com que Artur e Vilson fossem meros espectadores de um jogo sem emoção. Esse foi o quadro dos primeiros trinta minutos, sendo que nesse período apenas o Adap chegou, numa falta de Amaral (sobre o travessão) e num escanteio, onde Artur "furou" ao tentar tirar de soco.
A "resposta" do Coritiba veio apenas aos 32 minutos, quando Keirrison aproveitou a falha grosseira de Dezinho e mandou a bola na trave do time maringaense. O lance acordou o Verdão, que aumentou o ritmo, os deslocamentos e passou a pressionar o gol de Vilson.
O goleiro terminaria a fase inicial como o personagem do jogo, até então. Foram duas defesas de reflexo, em cobranças de faltas. Primeiro, foi buscar uma bola desviada por Leandro e, depois, impediu o gol de Pedro Ken.
Mais presente no setor ofensivo, o Coritiba iniciou o segundo tempo encurralando o Galo. Porém, diante do forte bloqueio adversário, as bolas cruzadas na área não surtiam efeito algum. Macuglia, então, lançou mão de Túlio e Anderson Gomes. Pouco depois, Vilson voltou a trabalhar e foi buscar um chute preciso de Douglas Silva, no ângulo superior direito. O goleiro fez outra defesa num arremate de longa distância de Rodrigo Mancha. Nesse momento, o Coritiba controlava completamente o jogo.
O prêmio à persistência veio numa jogada característica: a eficiência de Henrique na bola aérea. Pedro Ken levantou na área e Henrique testou no canto direito, desta vez sem chance para o experiente Vilson. A partir daí, com o Adap Galo se lançando ao ataque, foi só administrar o tempo e esperar o apito final. No último lance, quase Barbieri estragou a festa, mas Artur garantiu o placar.
CAMPEONATO PARANAENSE
2ª FASE – 3ª RODADA
Local: Couto Pereira (Curitiba).
Árbitro: Evandro Rogério Roman.
Assistentes: Moisés Aparecido de Souza e Sérgio Aparecido Alessio.
Renda: R$ 38.882.50.
Público: 4.480 pagantes (6.085).
Gols: Henrique a 34° do 2º tempo.
Cartões amarelos: Pedro Ken e Eanes (Coritiba). Elvis e Doriva (Adap-Galo).
CORITIBA 1×0 ADAP-GALO
CORITIBA
Artur; China, Henrique, Leandro e Douglas Silva; Rodrigo Mancha, Juninho (Douglão, a 44° do 2º), Caíco (Túlio, a 17° do 2º) e Pedro Ken; Eanes (Anderson Gomes, a 19° do 2º) e Keirrison. Técnico: Guilherme Macuglia.
ADAP-GALO
Vilson; César Gaúcho, Dezinho e Linno; Elvis (Barbieri, a 39° do 2º), Doriva, Amaral Rosa, Cipó (Cícero, a 33° do 2º) e Ramón; Adriano e Alex Paulista (Ivan, a 35° do 2º). Técnico: Itamar Bernardes.
Edmílson volta só em 2008
O técnico Guilherme Macuglia elogiou a condição física de seu time, que venceu o jogo no 2.º tempo. "Eles tiveram uma dinâmica muito boa. Trocaram de posicionamento e abriram os espaços", disse o treinador. A presença de Túlio também foi destacada por Macuglia como um fator decisivo no jogo. Segundo volante, o jogador fez o papel de meia-de-ligação, conduzindo o Coritiba ao ataque.
Cirurgia – O atacante Edmílson só volta aos gramados no ano que vem. A informação foi confirmada pelo médico do Coritiba, Lúcio Erlund, pouco antes do jogo. Edmílson terá que se submeter nos próximos dias a uma cirurgia no joelho esquerdo, lesão sofrida no jogo do último domingo, em Cascavel. "A ressonância magnética e outros exames de imagem confirmaram a nossa suspeita", disse Erlund. "Houve rompimento dos ligamentos cruzados. Uma contusão parecida com a do Keirrison", explicou o médico coxa.
O período mínimo de recuperação é de oito meses, sendo que Edmílson tem contra si a idade "avançada". Aos 33 anos, o atacante está recebendo, além do atendimento médico, um acompanhamento psicológico. "Isso é muito importante. O jogador precisa se manter confiante durante todo o processo de recuperação", finalizou Erlund.
