Vitória dá ao Atlético direito a título com quatro empates

Debaixo de protestos da torcida contra o preço do ingresso para o campeonato brasileiro, o Atlético jogou para o gasto e venceu o União Bandeirante por 2 a 0, ontem, na Arena. A partida foi válida pela última rodada da segunda fase do campeonato paranaense e garantiu ao Rubro-Negro a possibilidade de empatar quatro vezes para ser campeão da temporada. Agora, o time da Baixada se prepara para enfrentar o Londrina nas semifinais da competição. A primeira partida acontecerá no domingo, dia 28, no Estádio do Café.

Durante a semana, o técnico Mário Sérgio trabalhou a cabeça dos jogadores para não desanimarem e manterem a motivação numa partida que pouco valia. Deu certo. A possibilidade de jogar por empates nas próximas fases fez o Furacão entrar com a vontade necessária de garantir todas as vantagens. O União até esboçou um enfrentamento ao líder, mas não teve a categoria para furar o bloqueio e passar pelo goleiro Diego.

Enquanto isso, entre um protesto e outro, o ataque atleticano tocava a bola como queria e buscava o que queria. O primeiro gol saiu depois de uma jogada iniciada por Alan Bahia. Ele passou para Ilan, que tabelou com Washington e chutou no canto do goleiro Márcio Éberton. A vantagem aumentou o predomínio atleticano, mas o jogo ficou esquisito com mais protestos nas arquibancadas e poucas jogadas de gol.

O meia Jádson teve boa oportunidade, mas a bola chutada esbarrou na trave. Quando ninguém mais esperava, Jádson cobrou falta com inteligência para Rogério Correia, que apareceu como elemento surpresa e cabeceou para aumentar o placar.

Na segunda etapa, o técnico Rogério de Mello até que tentou mexendo na linha de frente, mas as mudanças quase nada mudaram o panorama do time do Norte. No Atlético, Washington cabeceou uma bola na trave e foi substituído por Dagoberto e Jádson cedeu seu lugar a William. A torcida não gostou e vaiou as alterações. O jogo praticamente morreu. Fora poucos lances de correria de Dagoberto e Ilan, quase nada mais se salvou, a não ser os gritos de ordem contra a diretoria do clube.

Cartola cobra sugestão da geral

A reação dos dirigentes do Atlético aos protestos dos torcedores foi imediato. Ao final da partida contra o União Bandeirante, na tradicional entrevista coletiva, jogadores e treinador foram substituídos pelo presidente João Augusto Fleury da Rocha e pelo presidente do conselho deliberativo Mário Celso Petraglia. Os dois reclamaram dos torcedores, pediram alternativas ao preço de R$ 30,00 por ingresso no Brasileirão e garantiram que o clube não vai voltar no tempo.

“Levamos essa proposta (R$ 30,00) ao conselho deliberativo, foi longamente discutida e foi aprovada por unanimidade. Não será um protesto, ou movimento isolado dos grandes torcedores, que são Os Fanáticos, que nos fará mudar de posição”, apontou Petraglia. O dirigente afirmou que, se o protesto trouxer junto alternativas para não ser cobrado R$ 30,00 por um lugar de cadeira, a diretoria poderá rever sua política de ingressos. “Se trouxerem sugestões que resolvam como nós pagaremos a nossa folha no final do mês…”, propõe.

No entanto, Petraglia preferiu não provocar os torcedores e entendeu como emocional a atitude tomada nas arquibancadas. “Foi emocional, nós entendemos, damos um desconto. Essa torcida merece todo o nosso respeito e, um dos dias mais felizes da minha vida, foi quando eu vi 30 mil pessoas chorando aqui mesmo por voltar à sua casa”, destacou. Por isso, ele diz que o clube não deverá voltar atrás. “Enquanto nós estivermos aqui, é uma promessa, nós não deixaremos o Atlético voltar a ser o que foi no passado, com dívidas, buracos, com problemas”, concluiu.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo