“Não tem moleza não. Estamos só três pontos acima da zona do rebaixamento.” A frase do técnico Sérgio Soares dá o tom do Paraná Clube para o jogo desta noite – às 19h30, no Durival Britto – contra o ABC-RN.
Mesmo no embalo de três vitórias e podendo atingir a melhor sequência da temporada, o treinador não se permite relaxar. Ainda mais diante de alguns problemas: além de Davi, suspenso, o Tricolor não contará com o lateral Murilo, lesionado.
O desfalque só foi confirmado na tarde de ontem. Durante o treino de domingo, o jogador sofreu uma lesão no ombro esquerdo.
Exames realizados constataram uma luxação que pode tirá-lo das próximas cinco rodadas.
O prazo médio de recuperação gira em torno de três semanas, período no qual o Paraná encara ABC, Duque de Caxias, Bragantino, Campinense e Vila Nova.
Sérgio Soares não anunciou, mas Marcelo Toscano deve ser confirmado na ala direita.
Titular durante toda a “era” Zetti, o jogador terá a primeira oportunidade real com Sérgio Soares.
Chegou a ser utilizado no jogo contra o Atlético-GO (na estreia do técnico), mas depois disso só figurou no banco de reservas.
Atacante de origem, Marcelo Toscano terá a chance de mostrar seu potencial neste novo sistema tático, onde não precisará ficar tão preso à marcação.
Ao menos na teoria, já que na prática Sérgio Soares quer o time todo marcando. “Só respiramos um pouco por conta dessa aplicação. E falta muito para atingirmos uma posição de conforto”, destacou Soares. Uma avaliação calcada em números, já que o técnico precisou vencer três jogos seguidos para ganhar apenas três posições na tabela de classificação.
“Ainda jogamos sob pressão. Por isso, estamos priorizando o coletivo e a vibração do time. Quando a situação for mais confortável, podemos voltar atenções para a questão técnica.” É com essa postura e numa cobrança “olho no olho” que Sérgio Soares espera colocar o Tricolor mais próximo do G4, ainda neste primeiro turno.
Para atingir esse patamar, não vê problemas em jogar feio. “Vamos jogar pelo resultado. Não podemos nos dar ao luxo de pensar em jogadas bonitas. Tem que ser na superação.”
Hoje, além da questão envolvendo a ala-direita, terá que fazer de Elvis o principal organizador da equipe. “O Davi tem características diferentes. Prende mais a bola, cadencia o jogo. O Elvis joga verticalmente, em direção ao gol”, comentou Soares, sem confirmar a escalação do garoto com a camisa 10. “Escalação, só na hora do jogo”, avisa o técnico, que prefere nunca antecipar a formação do seu time.