Mais uma triste cena de racismo foi vista neste domingo, no Emirates Stadium, em Londres. Aos 22 minutos do segundo tempo, em um lance de ataque do Brasil, uma casca de banana foi atirada no gramado pela torcida da Escócia, tentando atingir Neymar. Quando o jogo foi parado, o volante Lucas Leiva, do Liverpool, retirou a fruta do gramado.
Em sua primeira aparição como profissional na Europa, Neymar brilhou, fez dois gols, e preferiu não comentar o ato: “Esse clima de racismo é totalmente triste. A gente sai do nosso país, vem jogar aqui na Europa e acontece essas coisas. A gente prefere nem tocar no assunto, para não virar uma bola de neve”, afirmou o santista à Sportv.
Acostumado com o futebol inglês, o volante Lucas Leiva lamentou o comportamento da torcida escocesa. “Racismo não tem espaço no mundo. Na Europa, que se diz ser do primeiro mundo, é onde acontece mais. A gente tem que, com a nossa imagem, tentar mudar isso, porque cor e raça não quer dizer nada.”
Porta-voz da torcida que teria atirado a banana em Neymar, Hamish Husband negou tal possibilidade. “Neymar foi criticado porque acreditamos que estivesse fingindo uma lesão. O racismo não tem espaço na Tartan Army (nome do grupo), e se existisse, nós trataríamos de eliminá-lo”, afirmou o escocês, que garantiu que era “pura mentira” o ato de racismo.
Há uma semana, outros dois brasileiros foram vítimas de racismo na Europa, sempre vindo de torcedores rivais: Roberto Carlos, do Anzhi, da Rússia, e Marcelo, do Real Madrid, da Espanha.