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Visitante indigesto, Nacional projeta receitas na Série A2 e mudanças em estádio

A participação do Nacional na Série A2 deve atrair mais atenção do público, gerar mais receitas, mas também demanda maiores investimentos. O time campeão da Série A3, por exemplo, teve folha salarial de R$ 50 mil mensais, com um teto de R$ 3 mil. O investimento para 2018 será maior. De acordo com Tognasini, a folha anual deverá variar entre R$ 1,5 milhão e R$ 1,8 milhão. Para isso, o time estima um considerável aumento de receita. “Teremos um departamento de marketing. Tenho apelo para negociar, com outra visibilidade”, afirmou o dirigente.

Além disso, a ajuda de custos fornecida pela Federação Paulista de Futebol (FPF) praticamente triplica em relação aos R$ 160 mil que o clube recebeu dividido em quatro parcelas nesta temporada para a disputa da Série A3.

Esses recursos, somados com a ajuda de parceiros, serão fundamentais para o Nacional realizar as reformas desejadas no Nicolau Alayon, também para cumprir com as exigências da FPF. E os planos são muitos: construir uma sala de imprensa e realizar melhorias nas cabines, reformar os vestiários, trocar o telhado da arquibancada e o alambrado e remodelar um espaço destinado aos dirigentes dos times visitantes. Esses investimentos, de acordo com o cálculo inicial do clube, devem atingir os R$ 500 mil. “Achei que ia descansar. Comemoramos o título, mas agora tenho ainda mais trabalho”, diz Tognasini.

Mas não fica só nisso. Uma das necessidades do clube, até para atender às exigências da FPF, é a troca do campo do Nicolau Alayon, com a adoção da grama do tipo bermuda. Para isso, contará com o apoio da World Sports, que é a responsável pela manutenção do gramado do Allianz Parque, estádio do Palmeiras. E a diretoria já prevê a troca do gramado para setembro.

A condição ruim do campo do Nicolau Alayon é unanimidade no Nacional e também apontado como uma das razões pela campanha irregular do time como mandante na Série A3, a ponto de a equipe não ter vencido sequer um dos três jogos do mata-mata no seu estádio. Pelo contrário: perdeu nas semifinais para o Olímpia (2 a 1) e na decisão contra a Inter de Limeira (1 a 0).

Só que o troco veio nos jogos no interior, com os triunfos em Americana (3 a 1 no Rio Branco, após 0 a 0 em São Paulo), Olímpia (1 a 0 e triunfo nos pênaltis) e Limeira (2 a 0). “Jogamos em campos bons e aí o time voou”, afirma o técnico Tuca Guimarães, mostrando que o time não se intimidou com a desvantagem nas séries e nem com os mais de 12 mil torcedores da Inter na partida decisiva que valeu o título.

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