Vírus zika se torna foco de preocupação para jogo da seleção em Pernambuco

Além do retorno do atacante Luis Suárez à seleção uruguaia, outro assunto que toma conta do confronto entre Brasil e Uruguai nesta sexta-feira, na Arena Pernambuco, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, é a preocupação com a contaminação por dengue ou vírus zika. Para tentar minimizar o problema, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) promete distribuir 100 mil sachês de repelente aos torcedores.

Estimativa feita pelo Ministério da Saúde aponta que Pernambuco foi o quinto Estado com o maior número de casos prováveis da doença no ano passado, com 34.579 registros. Neste ano, a Secretaria da Saúde de Pernambuco aponta 5.766 casos suspeitos.

O Estado nordestino é um dos epicentros do surto de zika no País, já que é campeão de notificações de casos de microcefalia, má-formação que pode ser desencadeada pelo vírus. Boletim mais recente do ministério mostra que, de 1º de agosto de 2015 até o último dia 12 de março, 1.779 bebês nasceram com suspeita de microcefalia em Pernambuco.

Não só os brasileiros estão preocupados. Chegou a ser cogitada a transferência da partida para outro local. Natal era uma das opções. Com o jogo confirmado para a Arena Pernambuco, a CBF e a Associação Uruguaia de Futebol (AUF) fizeram ações para tentar amenizar a situação.

A entidade máxima do futebol brasileiro firmou uma parceira com a empresa farmacêutica Cimed, que irá distribuir os repelentes para torcedores no dia da partida. Também os jogadores terão que usar o produto constantemente, enquanto estiver em solo pernambucano.

O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, manteve contato com o vice-governador de Pernambuco, Raul Henry, para tratar do tema e pedir que sejam tomadas atitudes preventivas para a partida, como dar maior atenção para a limpeza nos arredores da arena.

Já a AUF divulgou um comunicado para a imprensa uruguaia onde dá recomendações para torcedores e jogadores usarem repelentes durante as 24 horas do dia, pois além da zika, o mosquito também é transmissor da dengue, febre amarela e chikungunya. Além disso, os dirigentes uruguaios recomendaram que os torcedores contratem um seguro de assistência médica, cubram o corpo inteiro durante a hospedagem em Recife e evitem ficar em locais onde não existam telas.

A preocupação é tão grande por parte dos uruguaios que o diretor esportivo da AUF, Eduardo Belza, visitou os centros de treinamentos de Náutico e Sport para decidir onde a seleção treinaria e optou pelo segundo local por entender que seria um lugar com menor possibilidade de ter contato com o mosquito. A seleção uruguaia treinará em Recife na quinta-feira e no sábado.

Os jornais esportivos espanhóis Sport e Mundo Deportivo, ao comentar sobre o confronto entre Neymar e Suárez, jogadores do Barcelona, chamaram Recife de “epicentro do vírus zika.”

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo