O jogo vale, na prática, a terceira colocação do Paranaense. Um mero consolo. Mas, o confronto de amanhã – às 15h30, no Emílio Gomes -, com o Iraty serve para a afirmação de pelo menos um jogador.
O meia Vinícius, que completou 19 anos esta semana, será a novidade no setor de criação. O técnico Marcelo Oliveira mantém o 3-5-2 das últimas jornadas e espera a mesma eficiência apresentada nos recentes duelos com os times do interior.
A opção por Vinícius foi confirmada no apronto de ontem. Uma escolha quase que por eliminação. Afinal, Marcelo Oliveira não conta com Pará e Elvis, que estão se transferindo para Avaí e Botafogo, respectivamente.
Diante do veto a Éverton, que sofreu uma contusão no dorso do pé, o treinador recorreu ao prata-da-casa. Vinícius encara com naturalidade a nova chance. “Estou brigando por um espaço. Sei que o Paraná conta com bons valores na base. É importante fazer um bom jogo em Irati”, disse o jogador, que espera mostrar serviço para entrar no Brasileiro como uma real opção para o meio-de-campo.
Vinícius espera trilhar o mesmo caminho de tantos outros meias que o Tricolor revelou ao longo desses pouco mais de vinte anos de existência. Ricardinho, Lúcio Flávio e Giuliano são apenas três dos exemplos mais citados pela nova geração de atletas formados na base do clube.
“Todo jogador almeja uma carreira de sucesso, uma transferência internacional. É para isso que a gente treina intensamente todos os dias”, disse o garoto. Formado no futsal, Vinícius já foi volante e até ala, mas prefere mesmo atuar como meia armador. Posição para a qual o clube ainda não encontrou um titular absoluto.
Muitos passaram pela camisa 10 nestes três meses e a diretoria ainda corre atrás dessa peça. Contratação rotulada como “prioritária”. Há quem acredite que apenas com esse jogador, muitas das dificuldades pelas quais o Paraná passou no Paranaense e na Copa do Brasil não se repetiriam.
O empresário Marcos Amaral diz já ter um jogador com esse perfil praticamente acertado e paralelamente a isso não se descarta a vinda de Fernando Gabriel, do Mogi-Mirim.
Mas, enquanto isso não ocorre, a bola da vez é Vinícius. “Temos que ter um grupo forte. A briga por uma posição, depois, será nos treinos. E quem estiver melhor vai jogar”, arrematou o garoto paranista.