Apesar de fechar o ano de 2006 com um passivo de R$ 4 milhões, o Goiás resolveu abrir os cofres para conquistar o sonhado título brasileiro e confirmou ontem a contratação do meia sérvio Déjan Petkovic, de 34 anos, e que deve receber cerca de R$ 100 mil mensais, com a missão de comandar o time.
?Eu darei a minha contribuição. Não é fácil lidar com essa expectativa, mas estou acostumado com as responsabilidades?, afirmou o meia, logo depois de assinar contrato, no início da noite de ontem. ?O Geninho me passou coisas maravilhosas, cheguei até a duvidar?, completou Pet.
Ele treina hoje e ainda não tem sua estréia marcada, embora a idéia da diretoria seja colocá-lo em campo no clássico de domingo contra o Vila Nova, pelo Campeonato Goiano. O técnico Geninho saudou a chegada de Pet, com quem trabalhou no Vasco. ?É um jogador de qualidade, a gente precisava de alguém como ele para ajudar o meio-de-campo do Goiás. Podemos entender que este é o primeiro passo para a conquista de um título?, aposta o técnico.
Nunca, nos 63 anos de história do Goiás, um jogar foi tão prestigiado e bem pago. Para se ter uma idéia, o atacante Araújo, hoje no Cruzeiro, foi o maior salário (R$ 75 mil) do clube, que perdeu Fabão, Josué, Grafite e Danilo, todos para o São Paulo, entre 2004 e 2005, porque se recusou a ultrapassar os limites de salários.
Dessa vez, o craque teve direito até a chegar de helicóptero, neste domingo, antes do jogo contra o Canedense, de Túlio – foi saudado pela torcida, e depois o time venceu por 3 a 1. ?A recepção foi calorosa, estou feliz?, agradeceu o meia.
Para Geninho, que se envolveu nas negociações nos bastidores para garantir a contratação, Petkovic simboliza muito mais: ?A idéia é fazer um time forte para disputar o Brasileiro?, disse o técnico à Agência Estado. Ele explicou que tem planos bem definidos: ?O Goiás está passando da hora de ganhar um título nacional e mesmo sul-americano?, afirma, sem falsa modéstia.