O volante Kléberson poderá ser apresentado amanhã como o novo reforço do Villarreal para a disputa do Campeonato Espanhol, segundo fortes especulações da imprensa local. O clube espanhol prometeu aos torcedores um volante de primeiro nível, brasileiro e que custará em torno de R$ 32 milhões. As suspeitas de que agora o sonho de Xaropinho se concretize cresceu com uma providencial “contusão no pé direito” que tirou o atleticano dos treinos técnicos desta semana. Na quarta-feira ele ainda conversou com a imprensa, mas ontem ninguém conseguiu entrar em contato com o jogador. Nem por telefone.
A ida para a Espanha é mais do que um sonho para Kléberson. Com o mercado quase fechado para estrangeiros e uma competitividade maior entre os clubes na Itália, Rivaldo, Ronaldo e Roberto Carlos recomendaram ao volante que entre na Europa pela Espanha. “Eles me disseram que adaptação é mais fácil devido à língua e à própria comida”, revelou o jogador em entrevistas anteriores. No Villarreal, ele reencontraria o lateral-direito Belletti, que foi vendido pelo São Paulo por R$ 9 milhões.
A Tribuna tentou entrar em contato telefônico com a direção do clube para comentar a informação mas não obteve sucesso. Nem a assessoria de imprensa e muito menos um diretor foi encontrado. Até o site do Rubro-Negro saiu do ar e aumentou a expectativa em torno da transação. A última explicação oficial era de que nenhuma proposta havia sido recebida e que o Atlético estaria providenciando um seguro especial para pôr Kléberson em campo. O jornal espanhol El Periódico Mediterráneo disse que há fortes indícios de que o jogador brasileiro procurado seja Kléberson.
Novela
A concretização do negócio acabaria com a ansiedade do jogador e do clube. “O Kléberson é carta fora do baralho. Ele bebeu água fresca e não joga mais pelo Atlético”, sentenciou Mário Celso Petraglia, presidente do clube, há duas semanas. Petraglia já sabia que não poderia prender um jogador do quilate do pentacampeão sem ter condições de bancar um salário justo. Mais do que isso, o dinheiro que entrará nos cofres rubro-negros amenizará as pendências e garantirá a contratação de pelo menos um bom reforço para suprir a ausência do Xaropinho.
Antes do Villarreal, várias equipes manifestaram interesse e fizeram até propostas não-oficiais pelo atleta. A maior foi a da Lazio, que estaria disposta a desembolsar até R$ 66 milhões para ter o futebol de Kléberson. Não se confirmou, mas levou os dirigentes a pensarem em fazer um seguro nesse valor. Da Itália também partiu o interesse do Parma, que ofereceu quase R$ 16 milhões e mais o lateral-esquerdo Júnior. Já os ingleses do Leeds United propuseram R$ 21 milhões mas também houve o desmentido.
Douglas quer apagar imagem e ser titular
O volante Douglas está de volta e com todo o gás. Com a nova oportunidade, ele promete deixar para trás a imagem de “laranja podre” e se transformar em jogador exemplo. Após uma temporada de vacas magras no Sport, o volante espera agora se firmar no clube e provar que também merece vestir a camisa do Rubro-Negro. Ontem, ele contou à reportagem da Tribuna como está encarando esse momento.
Paraná-Online
– Como é ganhar essa nova chance?Douglas
– A expectativa é muito grande, de retornar com a cabeça mais tranqüila e com o objetivo de aproveitar essa oportunidade com o maior afinco possível para ficar no Atlético até o final do Brasileiro.Paraná-Online
– Você fez boas e más partidas. Não faltou regularidade para um aproveitamento maior do seu futebol?Douglas
– Não. Houve não só falta de regularidade, mas também outras coisas que atrapalharam extra-campo, que eu prefiro até não comentar porque deixaram marcas em mim que não eram da minha pessoa. Já que levei essa fama de ser a laranja podre no cesto, a gente vai procurar corrigir isso da melhor maneira possível. Quero fazer com que isso sirva de exemplo para a gente levantar a cabeça e trabalhar com mais seriedade do que nós fizemos no ano passado. E para que o clube possa conseguir mais um título.Paraná-Online
– Como foi essa passagem pelo Sport?Douglas – Por um lado foi bom porque eu atuei como titular e deu para fazer alguns jogos e campanhas boas. Até a minha forma física ficou excelente, 100%. Por outro lado, financeiro, não ajudou bastante porque o clube está passando por uma crise e fez com que o time não chegasse ao título. Devido a atrasos de pagamento, a equipe ficou em terceiro lugar no campeonato. Agora é deixar isso para trás, levantar a cabeça e pensar que aqui no Atlético a gente possa conseguir melhores resultados.
Tribuna
– Essa crise pela qual passam alguns clubes atrapalha o desempenho dos jogadores?Paraná-Online
– Não vou dizer que atrapalha 100%. Mas dá uma motivação a menos. Você vai trabalhar, cumpre com o horário e com as obrigações e na hora de receber no dia, não está lá. Desanima um pouco o atleta para fazer o trabalho do dia-a-dia e até no próprio jogo.