Mais do que lotar a Vila Capanema, o show da banda norte-americana Pearl Jam recolocou Curitiba na rota dos grandes shows. O sucesso pode ser medido não apenas na presença do público – mais de 23 mil pessoas compareceram ao evento – como na empolgação de seus organizadores. “Eu diria que tecnicamente a Vila Capanema foi fantástica”, resumiu o produtor Sérgio Apter, há mais de vinte anos atuando na área e com dezenas de grandes shows em seu currículo.
Segundo o promotor, há muitos aspectos relevantes no estádio Durival Britto para a relização de shows. “A ausência do fosso nos permitiu, por exemplo, a colocação de 26 carretas próximas ao palco, facilitando todo o trabalho de montagem e desmontagem da estrutura”, lembrou Apter. “Além disso, o estádio tem entradas independentes para os diversos setores e o público adorou. Não houve nenhum tumulto na entrada ou na saída”. Para Sérgio, o show do último dia 9 de novembro pode ser sido o primeiro de uma série de grandes eventos na Vila.
O produtor foi contratado pela T4F (Time For Fun) a maior empresa de entretenimento da América Latina, para coordenar a infraestutura do show do Pearl Jam. “Eles ficaram entusiasmados com o resultado final, pois o show do Pearl Jam foi simplesmente fantástico”, lembrou Sérgio, na expectativa de que novos eventos da empresa sejam realizados em Curitiba no próximo ano.
O Paraná vive também essa expectativa, que faria do Durival Britto uma fonte de arrecadação não restrita ao futebol. “Já ouvimos que pelo menos quatro grandes bandas virão ao Brasil em 2012. Creio que recolocamos Curitiba no circuito”, comemora Luiz Carlos Casagrande, o segundo vice-presidente eleito. “Não posso antecipar nada, mas, pelo que vimos no Pearl Jam, ficou a certeza de que Curitiba não depende mais da Pedreira para receber um show de grande porte”, completou Sérgio Apter.
