Vila Capanema e Pinheirão são as opções do Furacão

A Vila Capanema ou Pinheirão surgem como a solução para o Atlético, enquanto a Arena da Baixada for reformada para receber jogos da Copa do Mundo de 2014, desde que seja confirmada como o estádio da subsede Curitiba.

No entender do governo, que também age politicamente para acomodar a torcida do Atlético, tanto a Vila quanto o Pinheirão são os mais adequados para a mudança de endereço do Rubro-Negro. É o que revela o secretário de governo para assuntos da Copa, Algaci Túlio.

“É o grande momento para o Paraná Clube se mexer, apresentando um projeto para a Vila Capanema com o uso dos títulos de potencial construtivo. Isto também serve para a Federação Paranaense de Futebol (FPF), em relação ao Pinheirão. Afinal, o Atlético vai precisar de um espaço para jogar neste período”, ressalta.

O secretário de governo afirma que os mesmos benefícios oferecidos pela prefeitura de Curitiba ao Furacão, através da doação de pontecial construtivo, poderiam ser usados para reformas nos dois estádios, a fim de que um deles comportasse jogos do Atlético por pelo menos um ano e meio.

Recente auditoria encomendada pelo Rubro-Negro revelou que para adequar a Arena ao caderno de encargos da Fifa para a Copa 2014 o clube terá de desativar seu estádio.

O grande receio da diretoria é perder a receita gerada pelos quase 22 mil sócios. Por isso, o governo trabalha nesta frente para criar uma solução que permita ao Atlético oferecer conforto ao seu torcedor, mesmo longe do Joaquim Américo.

Allan Costa Pinto
Pinheirão: FPF dá passos rumo à desinterdição.

A hipótese de que a Vila Capanema possa abrigar jogos do Atlético é vista com bons olhos pelo presidente do Paraná, Aquilino Romani. “Estamos abertos a todas essas negociações. Realmente precisamos construir um tobogã na Vila Capanema, cobrir parte do estádio e até mesmo ampliá-lo. Tudo aquilo que possa melhorar o patrimônio de nosso clube é visto com bons olhos”, disse.

Também coincidindo com a possível necessidade atleticana, a FPF se mobiliza para reduzir sua dívida tributária vinculada ao Pinheirão. Em abril, a entidade obteve redução parcial dos dividendos de IPTU relacionados ao estádio, estimados em R$ 8,3 milhões, em ação movida contra a prefeitura.

A 1.ª Vara da Fazenda de Curitiba entendeu que a forma de cobrança feita pelo município até 2004 era inconstitucional. Esse seria um primeiro passo na direção de desinterditar o Pinheirão.

Em um primeiro momento, o presidente da federação, Hélio Cury, nega que o objetivo da tentativa de revogar as penhoras do Pinheirão seja a de “limpar a área” para que o local volte a ser utilizado em breve.

“Temos outras penhoras, como a do INSS. Além disso, o estádio está interditado e não temos verba disponível para reformá-lo”, aponta. Porém, quando questionado se o Atlético ou o próprio poder público poderiam investir no estádio, Cury muda o discurso. “O Atlético é um filiado, e se quiser investir a FPF se dispõe a ajudar. É preciso fazer uma avaliação, mas a interdição é estrutural. A penhora não impede o uso do estádio. Com dinheiro se faz tudo”, afirma.

R$ 500 mil reabre

O presidente da FPF não informou em quanto tempo o Pinheirão poderia ficar pronto para abrigar jogos novamente. No início do ano, o diretor de vistorias da entidade, Reginaldo Cordeiro, chegou a indicar que com R$ 500 mil o estádio passaria pelas adequações básicas para seu, funcionamento.

Já o presidente do Atlético, Marcos Malucelli, manteve a cautela. Para ele é importante que o clube confirme a Arena da Baixada na Copa antes de falar sobre o assunto.

“Pensar em um novo estádio para jogarmos faz parte de uma próxima etapa”, disse, referindo-se ao atual impasse relacionado com o financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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