Número 1 do tênis mundial, Victoria Azarenka não sabe explicar a falta de mulheres brasileiras no topo desse esporte atualmente, mas de uma coisa a bielorrussa tem certeza: o Gillette Federer Tour, série de amistosos do qual participará em dezembro, em São Paulo, pode ajudar no desenvolvimento da modalidade no País.
Azarenka, também vem de uma nação sem tanta tradição no tênis: em 2005 ela se tornou a primeira bielorrussa a terminar uma temporada como a número 1 do mundo do circuito juvenil da Federação Internacional de Tênis (ITF) e em 2012 virou a primeira representante de seu país a liderar o ranking profissional e a conquistar um Grand Slam em simples – no caso, o Aberto da Austrália.
A atleta, 23 anos, deixou a cidade natal, Minsk, aos 16 e se transferiu a Scottsdale, no Arizona, para treinar tênis. A estratégia deu certo e ela é a principal cabeça de chave do Aberto dos Estados Unidos.
Há duas semanas, em meio aos preparativos para o último Grand Slam do ano, Azarenka recebeu um convite para atuar no Brasil. Em 8 de dezembro, ela enfrentará a americana Serena Williams no Ginásio do Ibirapuera, como parte da turnê que levará o suíço Roger Federer a fazer exibições pela América do Sul.
A bielorrussa, que se diz “muito empolgada” com a oportunidade de conhecer o País, vê o evento como “uma ótima oportunidade de introduzir mais o tênis” no local. “Sei que vocês só ligam para futebol, o que é uma escolha justa, eu amo futebol também, mas é uma chance de as pessoas e se envolverem mais em nosso esporte. No futuro espero ver mais tenistas do Brasil, há a Olimpíada chegando em 2016, e definitivamente estaremos lá também”, afirmou, em entrevista a jornalistas brasileiros em um hotel em Nova York.