A obrigação do Atlético-MG de vencer o São Paulo por dois gols de diferença, nesta quarta-feira, para continuar na Copa Libertadores não amedronta o goleiro Victor. Um dos ídolos do Atlético, ele disse nesta terça que o histórico recente do clube faz o elenco e a torcida estarem acostumados em ter de reverter resultados negativos, como o obtido semana passada, com a derrota por 1 a 0 no Morumbi.
Por isso, nesta quarta, no Independência, o Atlético-MG vai precisar ganhar por dois gols de diferença para se classificar às semifinais sem precisar dos pênaltis. “Ter que virar não é nenhuma novidade. A maioria do elenco já vivenciou. Não será no desespero que vamos conseguir. Temos qualidade no qualidade para conseguir nosso objetivo”, disse o goleiro em entrevista na Cidade do Galo, em Vespasiano, região metropolitana de Belo Horizonte.
Victor é um dos remanescentes da campanha do título da Libertadores de 2013, quando nas semifinais e na final (contra Newell’s Old Boys e Olimpia) a equipe precisou reverter o placar de 2 a 0, sofrido no jogo de ida. Em 2014, na Copa do Brasil, também nas quartas de final e semifinais (Corinthians e Flamengo), o Atlético-MG viveu desafio semelhante e se garantiu na final, quando derrotou o Cruzeiro nos dois jogos.
Apesar da confiança no retrospecto, o goleiro lembrou que em todos esses confrontos, o time e a torcida sofreram. “Emoção e sofrimento estão caracterizados nas conquistas recentes do Atlético. O São Paulo tem uma evolução, tem uma pequena vantagem, mas temos condições de reverter. Os nossos últimos quatro anos mostram que temos essa capacidade de superar as situações”, afirmou.
A escalação do time do técnico Diego Aguirre ainda é mistério. O uruguaio tem realizado treinos fechados. As dúvidas são sobre a condição física de Robinho, que se machucou no jogo de ida, e os substitutos dos volantes Rafael Carioca e Junior Urso, ambos suspensos. “O técnico ainda não decidiu e tem testado possibilidades. Vamos jogar com inteligência para buscar a classificação”, disse Victor.