O vice-governador de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira, pediu explicações formais à Polícia Militar do Estado sobre a ausência de efetivo dentro da Arena Joinville durante o jogo do último domingo, entre Vasco e Atlético-PR, pela última rodada do Brasileirão. Na ocasião, havia apenas segurança privada na parte interna do estádio, o que pode ter facilitado a violenta briga entre os torcedores dos dois times.
Desde domingo, a Polícia Militar e o Ministério Público têm dado explicações contraditórias sobre de quem é a responsabilidade pela falta de policiamento dentro do estádio no jogo de domingo. Segundo a PM, havia um “entendimento” do MP de que deveria haver apenas segurança particular na parte interna da Arena Joinville, o que é negado pelo MP.
Para Eduardo Pinho Moreira, “o que aconteceu em Joinville foi falta de bom senso”. “A legalidade excessiva prejudicou. Onde tem nove mil brasileiros nós não termos Polícia Militar garantindo a segurança é um grande equivoco, na verdade. Não importa se é um evento privado, as pessoas tem que ter a sua integridade garantida. E a PM existe para isso. Houve equívoco. O Ministério Público excedeu sua recomendação. A não presença da PM dentro dos estádios também é um erro. Estamos recebendo, nas próximas horas, um relatório da PM que tem de nos explicar de forma efetiva o que realmente aconteceu”, afirmou o vice-governador.
A tenente-coronel Claudete Lehmkuhl, que atua no setor de Relações Públicas do comando geral da PM de Florianópolis, foi procurada para falar sobre a cobrança do vice-governador e não retornou o contato da reportagem.