O Atlético terá amanhã um dos seus mais perigosos adversários na Arena neste Brasileirão. Além da rivalidade criada com o São Caetano na final do ano passado, o time paulista vem a Curitiba com o técnico Mário Sérgio e o auxiliar Eudes Pedro, que conhecem profundamente o Rubro-Negro. Somando a isso, a necessidade do Furacão vencer e convencer em casa, o confronto ganha novos ingredientes e promete um grande espetáculo entre clubes que estão na luta para permanecer entre os classificados.
“Sempre é um jogo diferente e cada jogo tem a sua história. Temos que esquecer as finais do ano passado e viver o hoje. O São Caetano é um adversário difícil e sabemos que será um jogo de marcação forte”, aponta o lateral-direito Alessandro. Para ele, se a equipe mantiver o mesmo ritmo das duas últimas apresentações, terá grandes possibilidades de sair de campo com a vitória. “Vamos procurar ter o mesmo comportamento do jogo contra o São Paulo e o Fluminense para que no jogo de sábado (amanhã) a gente possa ter um dia tranquilo e confirmar essa reabilitação”, aposta o volante Douglas Silva.
No entanto, o fato de Mário Sérgio e Eudes Pedro estarem do outro lado transforma a partida especial. E mais difícil, já que os dois sabem as manhas dos atleticanos. “Eles sabem as características dos nossos jogadores, principalmente o Mário por ter sido treinador. Mas, a gente tem que esquecer isso e procurar jogar o máximo para dificultar as jogadas deles e conseguir o nosso objetivo que é a vitória”, analisa o lateral. Para o atacante Kléber, vai ser a oportunidade de rever um amigo. “O Mário me ajudou bastante, me incentivou bastante dentro do Atlético e por quem eu tenho um carinho muito especial. Mas agora é esquecer o lado deles e pensar só na gente”, diz o atacante.
Time
Para esta partida, o técnico Valdyr Espinosa poderá repetir pela terceira vez a mesma formação. Na partida contra o Fluminense, nenhum dos nove (Ígor, Rogério Correia, Fabiano, Cocito, Douglas Silva, Kléberson, Adriano, Dagoberto e Alan) jogadores pendurados tomou cartão amarelo e, com isso, estão todos à disposição do técnico. A única novidade será o retorno do zagueiro Gustavo, mas ele ficará no banco de reservas. A volta do goleiro Flávio e do volante Vital deverá ficar apenas para a partida contra o Goiás, no dia 5 de novembro. O time deverá contar com Adriano Basso; Alessandro, Ígor, Rogério Correia e Fabiano; Cocito, Douglas Silva, Kléberson e Adriano; Dagoberto e Kléber.
Persistência de Adriano premiada com um gol
Para o meia Adriano, do Atlético, não tem tempo ruim. De Gabiru, ele está se transformando agora no pápa-léguas do CT do Caju. O incansável tem mantido a regularidade de boas atuações e ainda por cima tirou um peso das costas do time ao marcar o gol da vitória contra o Fluminense. Um gol inesperado (por ser de cabeça), mas que ele espera ser o primeiro de muitos no fundamento. Ontem, antes do treino ele conversou com a Tribuna e contou que agora é o momento do time voltar a brilhar.
Tribuna – Com a vitória sobre o Fluminense acabou a ansiedade do time?
Adriano – Com certeza. O nosso time contra o São Paulo foi um pouquinho diferente, a gente queria a vitória em casa e não conseguimos. Graças a Deus fomos com o objetivo de conseguir a vitória no Rio de Janeiro e conseguimos. Foi muito importante para nós a conquista desses três pontos e agora é só pensar no São Caetano que vai ser mais um jogo difícil. Espero que a torcida venha apoiar a gente.
Tribuna – O time está enfrentando alguma dificuldade tática nas partidas?
Adriano – Não, com certeza que não. O professor Espinosa está colocando o time que ele tem em mente e acho que está indo bem. A gente sabe que estava faltando a vitória e ela veio. Agora é ter tranqüilidade e colocar os pés no chão porque a gente não ganhou nada.
Tribuna – Você está preocupado com uma marcação individual que pode receber amanhã?
Adriano – Não é só marcação em mim. Acho que vai ter marcação ali do meio para a frente. Vai ser em mim, no Kléberson, no Kléber e quem entrar ali vai receber uma marcação muito forte. A gente sabe que todo jogo vai ser assim, uma marcação bem forte em cima da gente. Contra o Fluminense a gente jogou bem, tocou bastante a bola e o gol aconteceu naturalmente. O gol veio e a gente teve a tranqüilidade de tocar a bola.
