Vice-presidente da Fifa até 2011, Jack Warner é suspeito de ter desviado dinheiro que havia sido doado para as vítimas do terremoto no Haiti e que deixou mais de 200 mil mortos. No dia 12 de janeiro de 2010, o país sofreu um dos piores terremotos da história, com um impacto devastador sobre sua população. Mas de 3 milhões de pessoas foram afetadas, 250 mil casas foram destruídas e 30 mil prédios comerciais desabaram.

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Dias depois, a Fifa anunciaria o envio de US$ 250 mil para ajudar as vítimas e, em especial o futebol, também afetado pela catástrofe. Parceiros sul-coreanos completariam a doação, que teria chegado a quase US$ 1 milhão. O terremoto no Haiti destruiu a federação de futebol do país e matou pelo menos 30 de seus integrantes entre jogadores, técnicos e cartolas. Um dos treinadores mais famosos do Haiti, Jean-Yves Labaze foi uma das vítimas do terremoto. Em 2007, conseguiu a classificação histórica da seleção para o Mundial Sub-17. Muitos dos dirigentes que estavam no prédio eram jogadores da seleção no início da década.

No momento do terremoto, uma reunião estava ocorrendo com a cúpula do futebol haitiano para planejar 2010 e reforçar o objetivo de criar um time nacional competitivo. Mas, segundo as investigações do FBI, o dinheiro acabou sendo desviado pelos cartolas. Os investigadores suspeitam que o então vice-presidente da Fifa, Jack Warner, ficou com US$ 750 mil. Naquele momento, ele era o presidente da Confederação de Futebol da América do Norte e América Central, responsável pelo Haiti.

O dinheiro, segundo a investigação, foi enviado a contas pessoais de Warner. “Os recursos foram colocados sob a direção de Warner e, ao final, colocados para seu uso pessoal”, indicou o indiciamento do Departamento de Justiça dos EUA.

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Em 2012, diante de ataques, Warner produziu um informe que supostamente mostraria o uso do dinheiro no Haiti. Mas a Federação Haitiana de Futebol contestou os dados, alegando que apenas recebeu cerca de US$ 5 mil e para o tratamento médico de um dos dirigentes. Warner contra-atacou: “Não preciso responder a ninguém”. “Aqueles que queiram fazer alegações, que o façam”, completou.