As Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, começam nesta quinta-feira e a seleção brasileira terá talvez o seu maior desafio para chegar a um Mundial – esteve presente em todas as 20 edições já realizadas. O nível de dificuldade já poderá ser “testado” na estreia contra a seleção do Chile, campeã da Copa América, em Santiago. E o Brasil não terá Neymar, que a rigor desde 2013, ainda sob o comando de Felipão, carrega o time nas costas.

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A CBF não conseguiu sucesso na apelação feita na Tribunal Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) e o craque terá de cumprir suspensão contra o Chile e contra a Venezuela, no próximo dia 13, em Fortaleza – os dois jogos restantes da punição pela expulsão na Copa América.

A briga pelas quatro vagas diretas do continente – o quinto colocado disputará repescagem com representante da Oceania e também poderá ir à Rússia – se estenderá até outubro de 2017. Como nas Eliminatórias anteriores, serão jogos em dia e volta, em 18 rodadas.

Dunga, o técnico que terá a missão de levar o Brasil à Copa, tem pregado desde que reassumiu a seleção que a competição vai ser dificílima. Repetidas vezes já lembrou que o Brasil é um time ainda em formação, com vários jogadores jovens e sem experiência em Eliminatórias.

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Ele também destacou o crescimento de vários adversários, a competitividade de praticamente todas as seleções e a dificuldade de se jogar fora de casa, quando muitas vezes as partidas ganham conotação semelhante à de uma batalha. “A gente tem de passar ao torcedor que nada é fácil”, disse na semana passada em Fortaleza, onde foi vistoriar a Arena Castelão para o jogo contra os venezuelanos. “Desde quando eu comecei a entender de futebol, as Eliminatórias sempre foram difíceis. Que eu me lembre, uma das vezes que o Brasil classificou antecipadamente foi em 2010. Em 1990 e 94, por exemplo, foi na última rodada”.

Detalhe: nas Eliminatórias para a Copa da África do Sul, em 2010, era Dunga o treinador. E o Brasil garantiu lugar no Mundial com uma grande vitória sobre a Argentina por 3 a 1, em território inimigo – a partida foi na cidade de Rosário. Era a 15.ª rodada. O treinador, porém, diz que admitir a dificuldade não significa falta de confiança. “Confio sempre na seleção. Sou altamente positivo”.

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DESFALQUES – Não é apenas o Brasil que estará desfalcado de sua estrela neste início de Eliminatórias. Vários titulares absolutos de suas seleções, e que deverão ser fundamentais ao longo da disputa, ficarão de fora. A Argentina, por exemplo, não terá Messi nos jogos contra Equador e Paraguai. A contusão no joelho esquerdo, aliás, poderá tirar o meia do clássico de novembro contra o Brasil. Nessa partida, Neymar terá condições legais defender a seleção.

O Uruguai, além de Luis Suárez, que ainda tem quatro partidas de suspensão a cumprir pela mordida que deu em Chiellini na Copa de 2014, não terá o centroavante Cavani – ele foi suspenso pelo incidente com o chileno Jara na Copa América.